quarta-feira, 29 de julho de 2009

Anarquismo 2.0


Vivemos em um verdadeiro mundo caótico e de valores deturpados. O individualismo mórbido segrega e tortura o desenvolvimento racional. O consumismo supri-se da ignorância. E na contramão disso tudo vem o admirável mundo novo da utópica Internet. Um mundo paralelo que, embora surgido da ânsia do capitalismo voraz, é sua antítese, é o sistema marginal desse mundo fadado ao fracasso.

O que antes tinha a simples intenção de transmitir informações e projeções financeiras das grandes máfias corporativas que controlam os mercados de ações, nas mãos de Gates, Jobs e outros se popularizou. E hoje é o espaço da difusão do livre pensamento e da verdadeira liberdade de expressão.

É curioso perceber como se dá o desenvolvimento da comunidade internauta. Nos dias atuais, todo e qualquer esforço ou atividade que necessite metabolizar energia é passível de ser quantificado financeiramente: desde a troca de uma lâmpada até o recebimento do horóscopo diário com descrições aleatórias e, muitas vezes, repetidas. Entretanto, no mundo digital, perguntas técnicas, feitas em fóruns, trazem respostas esclarecedoras, capazes de solucionar as dúvidas a respeito do computador, do carro ou do humor da sua esposa. Tudo isso inteiramente grátis e com muita boa vontade. Basta alguns cliques pela Wikipédia e poderá ver-se informações a respeito de tudo. Mesmo que a prepotência cientificialoide insista em virar a cara para a nova referência bibliográfica universal, ela cada vez mais ganha espaço e credibilidade. Para observadores cartesianos paira a dúvida: onde está a motivação capitalista que impele essa ajuda, de fato, abnegada? Pois bem, meus amigos, o maravilhoso mundo da Web 2.0 gerou espontaneamente a primeira experiência comunista da sociedade humana. A tecnologia, sempre fiel aos interesses dos poderosos, acabou por minar a ascendência desenfreada do consumismo. Os adolescentes, e adultos, e velhos, e crianças cada vez mais estão aprendendo a viver de bits, bytes e de seqüências numéricas em constantes processos de codificação e decodificação. Facilmente alguém passa horas do seu dia absorto em seus devaneios via algum comunicador de mensagens instantâneas, ou atualizando sua página pessoal, abrindo sua caixa de email e etc. Até o velho costume de alimentar-se está sendo relegado. Mesmo tendo muitos lados essa verdade, é importante reconhecer o mérito dessa modernidade, pois ela tem uma implicação social muito relevante.

O maior risco que a Internet apresenta às finanças das grandes corporações é que ela destrói as teorias tão arraigadas como a da oferta e da procura. Quando surge a procura por um determinado produto virtual, a oferta adapta-se a ela. Sendo assim, oferta e procura são diretamente proporcionais. E, diferentemente do infeliz mundo real em que vivemos, para um ter o outro não precisa perder; todos podem ter; tudo é replicável e limpo. Se dez pessoas querem uma música, dez pessoas a terão e ninguém terá uma música a menos ou ficará muito rico às custas desses dez desejos. Da mesma forma, essas dez pessoas, cada uma com a música que escolheu, podem compartilhar com mais dez e infinitas pessoas, até que todos a tenham. Ninguém perde ou ganha no sentido burguês impregnado no inconsciente de toda a humanidade.

Pirataria? Não! Humanidade. Se ELES produzem um produto e o vendem-me ele deveria ser meu, e eu deveria poder usá-lo como bem entendesse. [Deveria], mas não é. Eles vendem-me um produto com coleira. Os seus copyright © não são nada além da velha hipocrisia da ilusória democracia. Democracia essa que o anarquismo virtual desmascarou, fez pirraça e chutou. É engraçado refletir sobre a [democracia] e seus princípios basilares, pois as democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger os direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão. Entretanto, essa liberdade de expressão deve compatibilizar-se com os direitos fundamentais dos cidadãos afetados pelas opiniões e informações, bem como, ainda, com os outros bens constitucionalmente protegidos, tais como: moralidade pública, saúde pública, segurança pública, integridade territorial, etc. Ou seja, você é livre para dizer o que quiser, mas não fale merda, senão entrará em cana. Então, quem é livre para falar o que quiser? Quem desfruta das maravilhas desse mundo maravilhoso da [democracia]? A resposta é uma só: somente os poderosos aproveitam-na. Ao povo tudo o que resta é a “ditatocracia”. Uma forma totalitária e muito astuta de conter as massas em uma ilusória liberdade absoluta, mas que, em verdade, não contempla absolutamente nada!

Os poderosos perceberam que prendendo o povo nas ditaduras precisariam investir muito tempo e dinheiro em mecanismos de repressão que, apesar de garantirem divertidas sessões de tortura, eram onerosos financeiramente, logo inviáveis. Incutindo nas pessoas a falácia patética da democracia, todos acreditando que têm poder sobre si e, até mesmo - muito engraçado – sobre a nação, não teriam contra o que se rebelarem e assim o jogo continua sem intervenções.

A Internet mostra de forma indireta aos homens o que é um verdadeiro mundo livre. Nela as pessoas entendem o sentido da liberdade de expressão e de pensamento, sem adaptações ridículas que invalidam suas premissas básicas.

Através dos populares “Nicks”(pseudônimos virtuais) ou Fakes (heterônimos virtuais) ignora-se o artigo 220 da Constituição Federal que prevê a vedação do anonimato na divulgação de informações. Artigo criado justamente com a finalidade de punir ditatorialmente àqueles que forem contra o sistema moralista e hipócrita da sociedade.

A beleza da Internet reside no fato de podermos deixar nosso Id vagar livremente por sites e domínios bizarros, sem com isso mancharmos a identidade ilibada do pai de família que trabalha durante toda a semana para manter saudável e feliz sua esposa e seus filhos. Todos somos assassinos, estupradores, pedófilos, zoófilos e outros filos mais em potencial.

Apesar de absurdo o que muitas vezes circula pela Internet, todos deveriam ter o direito de conhecer, e, sob hipótese alguma, qualquer tipo de conteúdo deveria ser impedido de ser divulgado. Sim, sem dúvida, conteúdos taxados como impróprios deveriam ser impedidos de serem realizados e seus desenvolvedores, dependendo do caso, deveriam ser punidos; mas jamais os que assistem. Não há dúvida que muitas pessoas que estão lendo esse post já assistiram ou procuraram informações sobre assuntos que jamais ousariam revelar ao seu ursinho ou ao seu psicanalista, mas nem por isso representam um risco à sociedade.

É absurdo pensar que ainda vivemos sob o mesmo sistema repressivo de antigas ditaduras. Não há a liberdade de ser sustentada certas posições políticas tidas universalmente como erradas, assim como o Nazismo. Sem dúvida, esse sistema político tem em seu cerne fragmentos que colocam em risco a integridade de certos indivíduos, portanto não deve ser legitimado. Entretanto, não é admissível que o conteúdo ideológico sofra obstruções de difusão. Se se acredita que pessoas ditas nazistas representam um risco à sociedade, medidas [educativas] e não repressivas deveriam ser adotadas para que ideologias como essa não sejam escolhidas; mas o direito de escolha deveria ser assegurado, de outra forma onde está o direito à liberdade de pensamento? De nada adianta tapar o problema. Impedir que um nazista sustente uma suástica não impede que ele a venere ideologicamente. Da mesma forma, prender uma pessoa que assiste conteúdo pedófilo não acabará com o problema, muito pelo contrário, incentivará a prática, pois quanto mais medidas repressivas forem adotadas, mais caro tornar-se-á a obtenção desses conteúdos, e, por consequência, mais lucrativo aos criminosos.

A educação não deve ser confundida com alienação ou censura. Os jovens desde muito pequenos deveriam ser alvejados com tudo o que a história produziu, inclusive com todas as questões filosóficas, éticas e psicológicas. E assim, com um arcabouço humanístico minimamente decente, poderiam discernir, por conta própria, o certo do errado; fazer seus julgamentos subjetivos de valor, sem a interferência externa dos gorilas intelectuais.

A Internet tem uma participação louvável na sociedade. Ela hoje é a válvula de escape para que possamos ser o que somos, sejamos bons, sejamos maus. Ela não transforma homens em demônios, apenas revela-os como sempre foram e sempre serão. Mas o que mais chama a atenção é que todas as atitudes aplicadas ao mundo virtual, nada mais são do que reflexos do mundo real. E, apesar de tantas práticas criminosas, o que mais salta aos olhos são os benefícios desse mundo virtual. É incrível o fato do livre acesso à informação de toda ordem. É incrível a verdadeira liberdade de expressão. Resumindo, é incrível o verdadeiro sabor da verdadeira liberdade, da mais pura e verdadeira individualidade romântica burguesa. E mesmo com toda essa liberdade o que se avulta é a utilidade do homem ao homem, e menos a estupidez recíproca.

Abaixo à repressão virtual; abaixo ao poder coercitivo; abaixo à restrição da privacidade; abaixo às leis e normas de conduta; abaixo ao governo e aos governantes do mundo virtual. Quero ter minha vontade soberana; quero ser livre pra dizer o que penso e como vejo o mundo; quero estar imerso em todos os crimes e criminosos virtuais, pois é na fictícia realidade que os monstros rebelam-se, e eu quero estar em companhia de todas as aberrações que o sistema opressivo e selvagem criou. Viva a liberdade, viva o Anarquismo 2.0!


"Posso não concordar com nenhuma das vossas palavras, mas defenderei até a morte o vosso direito de enunciá-las". (Voltaire)

sábado, 25 de julho de 2009

IMPERCEPTÍVEL



Na melhor parte
Pode-se tirar o pior proveito.
O proveito?
Soa relativo.
Principalmente nesse mar de

probabilidade.
Sigo sem rumo.
Sou a pena displicentemente
Leve, a toa
Poetica e pacífica.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SANDINISTA


Vejo o lúdico
Vejo a forma
Que se recusa a por
Preconceitos
Panacéia
Uma idéia que beira
A sandice
Oh minha sandinista
Não guardo mágoa
Volto a manágua

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vento de Rondonópolis

Uma cidade um estado.
Um estado de espírito
Estado da matéria
Matéria essa
Que é vital para o poeta
Como o alquimista trabalha sua pedra filosofal
O poeta vê na imagens palavras
Tais palavras formam poesias

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Onde o Gilmar Enfiou o Nosso Diploma?



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Ao contrário do que o excelentíssimo ministro Gilmar Mendes alegou, o jornalismo é sim uma profissão que, como todas as outras, é de imprescindível necessidade que se tenha o diploma. Talvez o Ministro tenha cometido essa gafe, porque Ministro, assim como qualquer outro cargo político, não requer diploma, nem mesmo ensino médio. Então, provavelmente, Mendes, apesar de ser uma pessoa de cultura invejável, tenha deixado passar alguns fatos históricos em que a imprensa, e, por consequência, os jornalistas alteraram significativamente a conjectura do país, mostrando que o jornalismo, sim, é uma profissão que requer uma formação especializada, como as citadas pelo ministro: medicina, engenharia e [direito]. Pois todos hão de convir a inexorável similaridade entre as profissões de bacharel em direito e jornalismo... Acredito que, ao seu modo, cada uma das duas promove – ou deveria promover - políticas para tornar a sociedade mais igualitária, liberta e fraterna.
Só para refrescar a memória histórica do nosso ministro que humilhou, desacreditou e quis subjugar a profissão, o Brasil, hoje, é independente graças a atuação da imprensa, que só em 1808 foi autorizada a estabelecer-se na nova terra, pois todos – menos o nosso ministro – sabem da importância política que o jornalismo tem. Após 1808, a imprensa sofria a censura prévia, que impedia que notícias indesejadas chegassem ao conhecimento da população, mesmo tendo-se em vista que a população daquela época era composta, majoritariamente, por iletrados. Em 1822, com a revolução do Porto, em Portugal, a censura atrasaria a chegada das notícias, então ela foi abolida, o que possibilitou que conteúdos subversivos fossem difundidos. Então, a imprensa depôs um rei e conquistou um imperador, que foi deposto após ser acusado de mandar matar um ilustre – vejam a coincidência – jornalista, Líbero Badaró. O novo imperador manteve-se no poder até que revolucionários e abolicionistas começaram a propagar ideias contrárias ao império, através dos pasquins (imprensa alternativa de conteúdo satírico e difamatório). Assim instaurou-se a república velha, que foi derrubada pela imprensa partidária. Entrou Vargas que manteve-se no poder apoiado na imprensa radiofônica, mas sofreu um golpe articulado pelo jornalista Carlos Lacerda e... etc.etc. Poderia ser feita uma linha do tempo desde o descobrimento até hoje, mostrando que todos os pontos relevantes da história brasileira, e de qualquer outra nação, sempre estão atrelados à imprensa. Ou alguém se esqueceu de quem colocou e tirou a ditadura nesse país? Os mesmos órgãos que decidiram pelo golpe de 1° de Abril, também elegerem nosso presidente Fernando Collor de Melo. Agora eu pergunto: a ditadura representou ou não um risco à sociedade? Acredito que qualquer pessoa coerente concorde que sim. Aí é que reside a delicadeza da profissão: um médico ou um engenheiro podem colocar em risco a vida de muitas pessoas, mas esse [muitas] pode ser quantificado, já um jornalista pode causar danos a um número inestimável de pessoas, pois a informação não têm dono e voa livre, arrasando ou fazendo florescer as plantações por onde passa.
O nosso caro, muito caro, Gilmar Mendes, como um nobre senhor da direita, nada mais foi do que um fantoche das grandes empresas de comunicação.

domingo, 14 de junho de 2009

Resquícios de Bocage

Vídeopoema de Kbçapoeta

terça-feira, 9 de junho de 2009

Assassino Por Um Acaso

Eu matei, mesmo sem querer matar. O pior de tudo, é que ser assassino é luxo de poucos nessa vida cheia de regras e de planos de liberdade. E o que mais me entristece não é ter matado, mas sim ter matado a pessoa errada. Matei a sangue frio um ser inocente, alguém que não deveria morrer, e que, muito menos, sabia que iria morrer... Ela não sabia... Eu a enganei. Ela confiou em mim, e eu me aproveitei da sua confiança cega. Seus olhos... Nunca vou me esquecer dos seus olhos. O olhar mais puro e doce que eu já vi na minha vida. Como eu pude...
Com tanta gente certa para morrer, fui escolher justamente a errada. Ela morreu sem saber porque morreu; e eu, sem saber porque matei...
Dois seres irracionais que se encontraram. Eu, sem dúvida, era o mais irracional dos dois. Porque, enquanto eu a matava, pude refletir, e tive a oportunidade de desistir. Mas não pude... Não pude... Não pude... Como pode alguém ter poder para decider pela vida ou pela morte? Como pode essa coverdia? Como eu pude ter esse poder em minhas mãos? Quem sou eu? Eu não passo de um nada vagando em uma pedra no espaço. Eu tive o poder, e não o soube usar...
Entre o corpo que ficou imóvel, e o meu coração que, porcamente, continuou a bater, tenho certeza que o coração foi o que mais se feriu. Aquele olhar nunca vai sair da minha alma... O olhar me julgou, me condenou e me sentenciou... Eu fracassei. Venci porque matei, mas perdi porque matei a pessoa errada. O arrependimento corrói. E os olhos... Aqueles olhos eu sei que sempre vão estar a me olhar... Para sempre, onde quer que eu esteja. Eu libertei uma alma e vendi a outra... Céus, eu matei a pessoa errada.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Despedida do Nada

A despedida é o sentimento mais bonito e o mais cruel; talvez seja o mais bonito por ser o mais cruel, e mesmo assim, encontro após encontro, insistirmos em estreitar os laços que unem o meu eu ao eu do outro.

O mais incompreensível é saber como pode ser tudo tão rápido e, ao mesmo tempo, tão intenso. É como se a cada milímetro que o eu do outro se afasta, quilômetros de pele fossem extirpados do nosso eu. E, como se não bastasse, quando o eu do outro já não está mais à vista, e já não temos mais pele cobrindo o nosso ego, protegendo-nos do externo, protegendo-nos do desconhecido, jogamo-nos na vala mais profunda da existência; pois precisamos nos esconder de tudo e de todos, porque nossa sensibilidade está à flor da pele, da pele, aliás, que já não possuímos mais. Esse momento é sublime e desesperador; sufocante como a câmara de gás; causa dor nas glândulas lacrimais e na garganta; mas, acima de tudo, causa dor na alma.

É terrível a dependência; é terrível a fraqueza. Esses instantes, tão sensoriais, tão impressoriais, são aterrorizantes porque neles é possível perceber que os indivíduos, por mais individualistas que sejam, trazem dentro de si, na sua composição física, psíquica e emocional, elementos dos outros; trazem consigo os outros, e somente os outros. O indivíduo é um castelo de cartas, em que cada uma delas é importante homogeneamente, mesmo que se distribuam e contribuam de maneiras diferentes para a estética, para o externo, para o perceptível e palpável. Mas, se quaisquer delas for removida, seja qual for a sua posição física, o castelo desabará da mesma forma; o castelo tornar-se-á aquilo que é: o nada, o entulho, a massa disforme e sem sentido de existir. Mas o que mais dói é saber que cartas em cima da mesa não são imponentes, não são dignas de serem vislumbradas ou de serem fotografadas, pois são apenas cartas, e mais nada; completamente diferente do majestoso castelo de outrora; da futilidade superficial da mentira; da prepotência; e do egoísmo: cartas em cima da mesa, são cartas em cima da mesa; cartas unidas, contribuindo igualmente para representar a forma de um castelo, são apenas [um] castelo.

Por isso a despedida fere, pois ela mostra a nós - castelos fúteis - que não somos apenas [um] castelo; mas que somos mais, somos muito mais e muito menos do que a nossa prepotência permite enxergar: somos todos aqueles que nos rodeiam; somos desde o mendigo que chutamos até o burguês perante o qual nos ajoelhamos. E a ausência de quaisquer deles poderá nos desestabilizar da mesma forma irremediável e dolorosa, pois, na despedida, descobrimos que nada somos além de nada.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Espírito dos Revolucionários

O revolucionário é um ser egocêntrico. Com espírito de filho único, que quer tudo a seu bel-prazer, nem que para isso tenha que fazer sofrer a si próprio ou aos outros. E quando esse egoísmo mina-se de altruísmo, os outros [os menos egocêntricos] lhe seguem. Este é o dom dos revolucionários: ter suas vontades atingidas em assuntos de gente grande, assuntos que precisam mais do que de choro ou de chantagem emocional para serem resolvidos.
Dê uma arma a um mimado, que seja um pouco corajoso, e você verá a ordem ruir. E esta nova ordem será a ordem instituída até que um novo filho único incomode-se por não ter sido ele próprio quem a instituiu. Esse é o ciclo das revoluções.
O revolucionário é um guerrilheiro que não amadurece; que sempre será jovem; e sempre procurará um coração velho e conservador para desbancar, pelo simples prazer de testar seu poder em deixar as coisas à sua maneira.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Obama É POP


O rei Obama destronou a rainha Elizabeth, tornando-se o mais pop monarca do primeiro mundo. Agora, o “império do mau” foi conquistado, livrado das garras do terrível Bush, e, no que depender do presidente camarada, todos os súditos terão tratamento VIP e o império passará a ser chamado de “império arco-íris”, onde vai imperar somente a paz e o amor.

Dentre os súditos contemplados estão, primeiramente, o bonachão do trópico sul, Lula; passando pelo indígena cocaleiro, Evo Morales; o eterno senhor dos charutos, Fidelito; e chegando, até mesmo, aos terroristas perversos, mas ainda sim humanos, da desumana prisão de Guantánamo – herança dos restos mortais da dark era Bush.

Estas são só uma pequena fração de tudo o que – em tese – está sendo feito pelo presidente mais humano de toda a história dos states. No entanto, há de se ressaltar que o Estados Unidos é o pais de Hollywood e de muitos dos “queridinhos da América”, e que, diferentemente da linearidade e superficialidade dos personagens que o ocidente tanto idolatra, a vida real é uma Tragédia Grega, com personagens esféricos e complexos; o mocinho não é mocinho até o final da trama, e o vilão, muitas vezes, transparece traços de hombridade. Por mais que seja difícil de desassociar, quem está no governo não é Luther King, ou a heroica juventude revolucionária. Quem está no poder são os mesmos velhos senhores da guerra da velha política conservadora e intransigente norte-americana. Ainda que dessa vez a maquiagem e jogo de luzes tenha ajudado, Obama é o mesmo clichê “american way of life”. O presidente pop, nada mais é do que a Elizabeth Sam. De que adianta QUERER fechar Guantánamo se o judiciário diz não PODER; de que adianta QUERER uma aproximação da ilha dos charutos se a política externa diz não PODER; de que adianta QUERER firmar pactos com as nações subjugadas se o imperialismo diz não PODER?

E nesse jogo de palavras entre poder e querer é que o mundo vai assistindo ao velho filme midiático: o povo vê o que eles QUEREM revolucionar, e o PODER mantém tudo em seu devido e apropriado lugar.

domingo, 24 de maio de 2009

Os Crimes Continuam, Mas A Justiça Há De Ser Feita, Nem Que Com As Próprias Mãos.



Novamente ocorreu um assassinato de cães no Campus do Vale da UFRGS. Dessa vez, o requinte de crueldade foi aprimorado ao máximo: o cão, um dos mais dóceis presentes na universidade, foi levado até a estação de tratamento de esgoto da UFRGS – local que, devido ao risco de acidentes e importância, deveria permanecer fechado ou monitorado 24 horas por dia, e lá foi jogado VIVO, no tanque profundo. O cão lutou pela vida durante muito tempo, talvez mais do que meia hora, levando em consideração as inúmeras e profundas marcas deixadas no concreto maciço do tanque.

Entretanto, pelo cansaço e, provavelmente, hipotermia, causada pela água gelada, o cão faleceu. O corpo só foi encontrado – BOIANDO – na Segunda-feira, 11/05/2009, por um funcionário da estação, o qual enterrou o corpo do cachorro nas proximidades do tanque.

O funcionário não quis se identificar por estar no quadro de pessoal da UFRGS e ter medo de retaliações. Após as denúncias feitas pela mídia sobre o envenenamento de 7 cães, todas as pessoas envolvidas na causa animal sofreram ameaças diretas e indiretas. Uma delas consistiu no vazamento verbal, “acidental”, em forma de “fofoca” sobre uma possível operação arquitetada com o intuito de “remover” todos os cães presentes no local. Tendo em vista que o território é de jurisdição administrativa da UFRGS, autarquia Federal, nenhum órgão tem competência para entrar sem prévia autorização, nem mesmo a Zoonose de Porto Alegre, a qual, mesmo se obtivesse autorização, não poderia operar, pois alegou estar superlotada, sem possibilidades de aumentar o número de animais em suas dependências. Ou seja, o provável procedimento está sendo feito à revelia da lei; uma ordem descendente que seria realizada por alguém sem autorização. A ameaça direta consistiu no comunicado informando a destruição do canil improvisado, construído pelo pessoal que cuida dos animais. O canil é essencial à continuidade do projeto, sem ele todos os cães estarão desamparados. A universidade alega que a área (MATAGAL), é de vital importância.

Esse ato é uma tentativa de assustar os envolvidos com a causa animal, uma ameaça, uma represália às denúncias feitas à mídia. Desde o dia em que a matéria sobre o envenenamento fora divulgada nos veículos de comunicação, muitos incidentes vêm ocorrendo: portas dos canis arrombadas; cachorros jogados em buracos profundos; cachorros levados a cidades distantes; e até cachorros que aparecem com machucados espalhados pelo corpo.

Outro ponto que chama a atenção nesse crime é o fato de no Campus haver, além de seguranças do quadro público, uma empresa privada de segurança, Rudder, que TEORICAMENTE toma conta do patrimônio Federal. Contudo, a fortuna que sai dos cofres públicos para ser empregada em segurança não impede que qualquer um ande livre e despreocupadamente pelas dependências do Campus, inclusive portando armas, drogas e bebidas. Dentro do Campus Vale há inúmeros “pontos de encontro” dos alunos, lugares usados também para o uso de drogas e sexo, como “A Toca” e a “Estufa”. Todavia, são lugares usados pelos alunos em dias “letivos”, mas por vagabundos e estupradores nos fins de semana e feriados.

A realidade de quem estuda no Vale é esta: INSEGURANÇA! Estupros e assaltos são comuns, mas abafados pelo pessoal que não tem controle e muito menos interesse em filtrar quem entra ou sai do Campus.

Seria muito interessante coletar informações da Rudder sobre o procedimento da segurança empregado no Vale. Provavelmente eles dirão: “nós não temos como controlar todo o Campus, porque ele é grande e aberto”. Mas então O QUE ELES FAZEM LÁ? Se qualquer um pode atrair um cão até uma área restrita e fechada, e esperá-lo morrer afogado; dar veneno a vários cães; e cavar buracos de mais de 2 metros de profundidade, qualquer um pode fazer o que quiser nesse Campus.

Se questionado sobre a segurança, qualquer aluno que estude no Vale dará uma resposta unânime: NÃO ESTAMOS SEGUROS!

Qualquer um tem acesso ao Vale nos Sábados e Domingos, e a cena é a de descaso: seguranças sentados, que nem se preocupam com a nossa presença, nem sequer perguntam quem se é ou o que se quer.

Ultimamente estão sendo assassinados cachorros, amanhã – como já houve anteriormente – serão pessoas.






quinta-feira, 14 de maio de 2009

Blog do ridículo




Volta e meia encontramos na internet Blogs interessantes e ridículos ao mesmo tempo.
O blog chamado "mosaico de lama" (http://mosaicodelama.blogspot.com ) nome que lembra as idéias de Leonardo Sarmento o dono do blog.
Tem uma classe de seres na internet, que, não importa quem esteja no poder, exceto se for de esquerda , a esquerda nunca deve tomar o poder,está fora de cogitação , pois para eles "comunista comem criancinhas".
De tão burros, não entendem que ao ampliar a renda ´, por mais infima que seja já traz resultados para a econômia.
O direitistas não falam mais em situação econômica da esquerda ou da direita, apenas em crise moral e o nojo que é ver um ex-pobretão no poder.
Mas o blog é bom pelas cores e as risadas que você dá, tamanho o preconceito com as massas.que ele prefere chamar de "Povão".

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Que Há de Estranho?




"Nada humano me é estranho", assim foi uma das citações do presidente do Paraguai e ex-bispo, Fernando Lugo. No pronunciamento de sexta-feira (24), o presidente manifestou-se de maneira a calar os opositores que, segundo ele, estariam querendo desestabilizar seu governo, através de uma conspiração baseada na enxurrada de supostas paternidades - 6 até o momento, das quais uma foi reconhecida como legítima pelo presidente.

O que surpreende? Nada mais comum do que um presidente ter filhos, correto? Nada mais comum do que um clérigo ter filhos, correto? Pois bem, aí está o grande problema: com o advento da modernidade, aquilo que sempre aconteceu, hoje é esmiuçado ao máximo, não deixando dúvidas sobre sua veracidade. Entretanto, o que não veio "agregado", "embutido" ou "onboard" é a conceitualização e, principalmente, diferenciação, entre ética e moral.

Apesar de ser uma discussão complexa, que deixa dúvidas e abre premissas para réplicas, tréplicas e afins, de uma maneira sucinta, poderíamos definir ética como sendo o conjunto de princípios e normas de conduta relativas a um grupo ou instituição. Do outro lado, temos o conceito de moral que – do mesmo modo enxuto – poderíamos consagrar como sendo os bons costumes relativos ao indivíduo. Ou seja, no primeiro estariam contidas as “leis” a serem cumpridas; no segundo, os “conselhos”. Dessa forma, na teoria, uma infração ética seria muito maior do que uma moral, visto que a primeira congrega todo o grupo instituidor das “leis”; na segunda, somente o indivíduo “descuidado”.

Então, o que faz desses acontecimentos uma notícia? O fato do presidente ou do bispo ser um genitor em grande escala? Em minha concepção, nem um, nem o outro deveriam ser tema de pauta, já que há muito é sabido – em se tratando do primeiro caso – a negligência, o desmazelo e, até mesmo, a libertinagem com que são tratados os tão retrógrados, frívolos e desnecessários dogmas da igreja católica, inclusive – ou, até, principalmente – por seus mais íntimos participantes. Em se tratando do presidente, menos midiático ainda; pois alguns representantes políticos do oriente chegam a ter dezenas de filhos.

O que há no cerne dessa questão é a velha visão conservadora, impregnada tanto moral quanto eticamente pelas “diretrizes” católicas. Concordo plenamente que, se confirmada as paternidades nas ditas circunstâncias, é uma falta ética o que foi cometido pelo [bispo] Lugo, afinal quem se predispõem a integrar um grupo, uma instituição ou seja lá o que for, por mais inconveniente que esta seja, tem que estar apto a aceitar suas normas de conduta, suas leis, seus dogmas. Entretanto, colocar em jogo a moral do [presidente] Lugo, é um ato um tanto quanto precipitado, visto que, até o momento, não foi comprovado que ele tenha incorrido em qualquer delito legal.

O Estado ainda não é laico. As leis, as normas e – principalmente – a moral ainda são pautados pelo rigor religioso. Acusações éticas e morais viram o mesmo novelo de lã pelo viés eclesiástico, o que impossibilita uma política livre e, de fato, democrática.

Enquanto supostos casos de paternidade forem o suficiente para desestabilizar um governo instituído, jamais teremos uma constituição justa e homogênea, que contemple os homossexuais e racionalize a divisão das riquezas e das terras desse mundo, que tem muitas fortunas escondidas em "santinhos do pau oco".

11 de setembro oh happy day

11 de setembro visto pela ótica do oprimido,não do opressor.
Letra e música de KBÇAPOETA


sábado, 18 de abril de 2009

Democracia brasileira foi arranhada


A coisa mais idiota que eu vejo nas democracias, é o pessoal da plutocracia querer ter o poder de qualquer forma.

Nunca votei na direita e em minha opinião os anos FHC foram nefastos para o Brasil.

Mas ninguém tem o direito de tirar o poder de suas mãos que fora dado pelo povo através do voto.Fora casos de corrupção velada como aconteceu a Fernando Collor.

Eu questionava na época: Como fora FHC ? Ele foi eleito através do voto. Com que direito dizem Fora FHC ?

Da mesma forma quando surgiu o movimento "Cansei" com idiotas desfilando de carro importado querendo de volta o Brasil-feudo.

O governo Lula tem o agravante que, em números e popularidade foi muito melhor que FHC, que só teve exito na época em que criou o populismo cambial, com o custo de muitas empresas nacionais ir a falência.

Não bastasse isso o poder oficial no caso o TSE (Tribunal superior eleitoral) devolve ao Sarney, ou melhor chamar de "SIR"¹ Ney, pois maranhão é reino, feudo e masmorra da família Sarney, e que a cassação de Jackson Lago, sirva de lição para essa massa burra.
O maranhão é propriedade da família Sarney, não se fala mais nisso!

¹Título de nobreza monarquista (Afinal sarney é Rei né?)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

SARNEY É O SENHOR FEUDAL DO MARANHÃO



A senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) assume nesta sexta-feira , às 11h, o cargo de governadora do Maranhão. A posse ocorre após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter rejeitadoo os recursos contra a cassação de diploma do governador Jackson Lago e também do seu vice, Luiz Carlos Porto.
Ou seja é um dia triste para a democracia, para o Brasil e principalmente para os maranhenses.


O povo maranhense assiste a volta dos donatários do feudo.Testemunhas se apresentaram espontaneamente à polícia e assumiram o crime de compra de votos é no mínimo estranho.


todos sabem que a família Sarney não iria admitir a perda do feudo e o TSE ajudou os sarney a retomar seu feudo.


Lago foi cvassado por abuso de poder econômico, mas é possível falar em abuso de poder contra a família que domina as principais redes de comunicação de estado, e procura sempre influenciar os eleitores?


Sarney é dono da mídia no Maramnhão e agora volta a ser dono do estado.


Coitado dos maranhenses.

sábado, 11 de abril de 2009

Vale Conferir

O realizador israelita do filme de animação "Valsa com Bashir", que retrata a brutalidade do exército israelita no Líbano, criou uma pequena animação sobre a faixa de Gaza. A curta metragem de Yoni Goodman chama-se "Zona Fechada", apela ao estado de Israel para abrir as fronteiras de Gaza e teve o apoio do Gisha.



sábado, 4 de abril de 2009

SEIVA DARK





Cerrada minha visão de mundo,

Junto com toda audição.

A lâmina junto ao meu pulso,

Não se cança de beijar,

Aos olhos nus dos espectadores.

Soa uma cena surreal!

Uma abjeçao do absurdo.

Não explico a conjuntura,

Que desistiu do meu peito sangrar.

A seiva, jóia rara e pura,

O escarlate inconfundível.

Tal qual agua suja.

Que sai da fonte límpida

e em seu percurso,

Turva, ao chegar em minha visão,

Deixando-me surdo.

devido as últimas batidas cardíacas.

Fecha-se a percepção
.

terça-feira, 31 de março de 2009

Uma Homenagem a Renato Russo





Somente uma palavra é capaz de definir a Legião Urbana: transcendental! Papo de adolescente? Não! Renato Manfredini Júnior e sua banda são muito mais do que a trilha sonora dos jovens desse país. Renato Russo É uma ideologia a se seguir, um modo de vida e uma maneira de ser... Aqueles que não desfrutaram da experiência... [transcendental] que a Legião Urbana pode transmitir não são pessoas completas.

Os repertórios variados que oscilam entre amor, sanidade, revolta, inconformismo e crítica são a marca registrada da banda de Brasília. Entretanto, para o “grande público”, ou, melhor dizendo, “pequeno público” a temática é sempre a mesma: música pop impregnada de canções românticas de “menininha”.

O que esses acéfalos não sabem é que, por trás das músicas que vagam pelas ondas de rádio do populacho, existe um trabalho de ourives em cada um dos álbuns feitos. Composições que são capazes de expressar todos os dilemas, dificuldades e receios comuns ao bicho homem: ser incompreendido, desconfortável de sua existência e amedrontado pela realidade circundante. Ou seja, cada música, cada palavra, cada vírgula que passou pelo crivo de Renato Russo, leva consigo a responsabilidade de mostrar de uma maneira particular e, ao mesmo tempo universal, que, à sua maneira, cada um vive, viveu, ou viverá como João Roberto, João de Santo Cristo, ou um João Ninguém qualquer. Nós somos indivíduos, mas nossas individualidades não são nossas, são sociais.

Renato Russo É um perfeccionista, um gênio, um psicólogo e um amante. Alguém tão sensível ao externo que CONSEGUE transformar sensações e emoções em palavras. Dom dos poetas e dos amigos.

Que coração partido não sente “você quis partir, eu quis partir você, tirar você de mim...”? Qual bissexual não vê a simplicidade de sua opção, simples como qualquer outra opção “acho que gosto de São Paulo, gosto São João, gosto de São Francisco e São Sebastião, e eu gosto de meninos e meninas”? Quem não se pergunta “que país é esse”? Quantos de nós não se depara com a escola, vestibular e com a Química “não saco nada de Física, Literatura ou Gramática, só gosto de educação sexual, e eu odeio Química”? Enfim, toda e qualquer música Dele diz algo de mim, de ti, de nós e deles. É impossível ouvir Legião de maneira indiferente, impessoal... Renato Russo FAZ parte de nós, da nossa vida e da nossa morte. Não mais inteiramente de nossa vida, pois, como disse o profeta, “os bons morrem jovens”.

Uma banda, uma religião, uma seita, seja lá o que for, a Legião Urbana É um “audiobook”, um livro sonoro que deveria estar à cabaceira de todos; artigo obrigatório nas escolas e residências desse país. A Bíblia aliena, a escola aliena, a faculdade aliena, mas a Legião dissipa, abre a mente e faz transcender...

Renato, na semana do teu aniversário, uma homenagem dos teus súditos à magna importância da tua existência...





Download Legião Urbana









  1. Será
  2. A Dança
  3. Petróleo do Futuro
  4. Ainda É Cedo
  5. Perdidos no Espaço
  6. Geração Coca-Cola
  7. O Reggae
  8. Baader-Meinhof
  9. Soldados
  10. Teorema
  11. Por Enquanto








1. Daniel na Cova dos Leões

2. Quase Sem Querer

3. Acrilic On Canvas

4. Eduardo e Monica

5. Central do Brasil

6. Tempo Perdido

7. Metrópole

8. Plantas Debaixo do Aquário

9. Música Urbana 2

10. Andrea Doria

11. Fábrica

12. Índios









  1. Que País É Este
  2. Conexão Amazônica
  3. Tédio (Com Um T Bem Grande Pra Você
  4. Depois do Começo
  5. Química
  6. Eu Sei
  7. Faroeste Caboclo
  8. Angra dos Reis
  9. Mais do Mesmo







  1. Há Tempos
  2. Pais e Filhos
  3. Feedback Song for a Dying Friend
  4. Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto
  5. Eu Era um Lobisomem Juvenil
  6. 1965 (Duas Tribos)
  7. Monte Castelo
  8. Maurício
  9. Meninos e Meninas
  10. Sete Cidades
  11. Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar








  1. Love Song
  2. Metal Contra as Nuvens
  3. A Ordem dos Templários
  4. A Montanha Mágica
  5. O Teatro dos Vampiros
  6. Sereníssima
  7. Vento no Litoral
  8. O Mundo Anda Tão Complicado
  9. L'âge D'or
  10. Come Share My Life







  1. Vinte e Nove
  2. A Fonte
  3. Do Espírito
  4. Perfeição
  5. O Passeio da Boa Vista
  6. O Descobrimento do Brasil
  7. Os Barcos
  8. Vamos Fazer um Filme
  9. Os Anjos
  10. Um Dia Perfeito
  11. Giz
  12. Love in the Afternoon
  13. La Nuova Gioventú
  14. Só por Hoje






  1. Natália
  2. L'Avventura
  3. Música de Trabalho
  4. Longe do Meu Lado
  5. A Via Láctea
  6. Música Ambiente
  7. Aloha
  8. Soul Parsifal
  9. Dezesseis
  10. Mil Pedaços
  11. Leila
  12. 1º de Julho
  13. Esperando por Mim
  14. Quando Você Voltar
  15. O Livro dos Dias






  1. Riding Song
  2. Uma Outra Estação
  3. As Flores do Mal
  4. La Maison Dieu
  5. Clarisse
  6. Schubert Ländler
  7. A Tempestade
  8. High Noon (Do Not Forsake Me)
  9. Comédia Romântica
  10. Dado Viciado
  11. Marcianos Invadem a Terra
  12. Antes das Seis
  13. Mariane
  14. Sagrado Coração
  15. Travessia do Eixão






1. Baader-Meinhof Blues
2. Índios
3. Mais do Mesmo
4. Pais e Filhos
5. Hoje A Noite Não Tem Luar
6. Sereníssima
7. O Teatro dos Vampiros
8. On The Way Home
9. Head On
10. The Last Time I Saw Richard
11. Metal Contra as Nuvens
12. Há Tempos
13. Eu Sei
14. Faroeste Caboclo







Disco 1

  1. Fábrica
  2. Daniel na Cova dos Leões
  3. A Canção do Senhor da Guerra
  4. O Teatro dos Vampiros
  5. Ainda é Cedo
  6. Gimme Shelter
  7. Baader-Meinhof Blues
  8. A Montanha Mágica / You've Lost That Loving Feeling / Jealous Guy / Ticket to Ride
  9. Eu Sei
  10. Índios


Disco 2

  1. A Dança / Geração Coca-Cola
  2. Mais do Mesmo
  3. Soldados / Blues da Piedade / Faz Parte do Meu Show / Nascente
  4. Música Urbana 2
  5. On The Way Home
  6. Maurício
  7. Há Tempos
  8. Pais e Filhos / Stand by Me
  9. Faroeste Caboclo
  10. Rhapsody in Blue






Disco 1

  1. Será
  2. Eu Sei
  3. La Nuova Gioventú
  4. Ainda É Cedo / Gimme Shelter
  5. Daniel na Cova dos Leões
  6. Vinte e Nove
  7. Um Dia Perfeito
  8. Os Anjos
  9. 1965 (Duas Tribos)
  10. Monte Castelo
  11. Quando O Sol Bater na Janela do Teu Quarto
  12. Geração Coca-Cola
  13. O Teatro dos Vampiros
  14. Meninos e Meninas / O Mundo Anda Tão Complicado


Disco 2

  1. Faroeste Caboclo
  2. Pais e Filhos
  3. Tempo Perdido
  4. Giz
  5. O Descobrimento do Brasil
  6. Eduardo e Mônica
  7. Vento no Litoral
  8. Há Tempos
  9. Índios
  10. Perfeição / O Bêbado e o Equilibrista / Lithium / Metal Contra as Nuvens
  11. Andrea Doria
  12. Vamos Fazer um Filme
  13. Que País É Este / Cajuína / Pintinho Amarelinho / Aquele Abraço