sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ed. e Seu Castelo...



Uma história de superação e garra. Filho de um carteiro de Juiz de Fora e de uma professora primária, Edmar Moreira, nosso compatriota, dá-nos o exemplo de como é possível, sim, sair da pobreza e alcançar um lugar ao sol; entretanto, o que falta ao exemplo, é explicar como.
De ex-capitão da polícia militar a corregedor-geral da Câmara, nosso deputado deu asas à imaginação e pôs em prática o sonho infantil, comum a muitas crianças, de um dia morar em um castelo.
Nosso simpático vitorioso usa o patrimônio exótico, avaliado em mais de 20 milhões de reais, como casa de campo, para relaxar aos finais de semana.
E relaxar não é difícil, pois a construção tem 32 suítes; uma cozinha industrial capaz de atender 200 pessoas; dois elevadores; sistema de aquecimento central; uma capela; um anexo de lazer, com sauna, salão de jogos e de ginástica; e como, é claro, não poderia faltar na moradia de um bom vivant, uma adega climatizada com capacidade para 8.000 garrafas.
Esses casos todos servem para elucidar o quão injusto é o povo; o que é uma lixeira de 2.000 reais se comparada a toda a exorbitância desse mais novo empreendimento brasileiro, de causar inveja aos europeus? Não podemos ser injustos! Temos que nos contentar com nossos pequenos ladrõezinhos – melhor dizendo – infratores, pois, agora, vai dizer, uma lixeira de 4,81 salários mínimo não é de se causar tanto espanto assim – sejamos sinceros. Temos que tratar bem nossos pequenos transgressores, ou se não - ai ai ai ai - o Ed. mau vai gastar todo o dinheiro do INSS!
Agora, quando a pessoa tem vocação para os negócios, não tem jeito, tudo parece se acertar como “mágica”. A casinha dos sonhos do nosso príncipe encantado está à venda, e qual é o melhor corretor de imóveis do que a imprensa? Está tudo ao alcance de qualquer um: as fotos da propriedade; área; número de suítes, de quartos, de banheiros ou qualquer outra possível dúvida dos interessados. Não se precisa sair de casa para procurar; a casa do Ed. é que está à procura de alguém para quem se vender. Provavelmente um outro velho decrépito com o orifício entre as nádegas saturado de euros, procurando paz e tranqüilidade depois de uma vida exaustiva. Afinal, o que ele tem haver com essa história?