segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Golpe político-midiático de Campo Grande para o Brasil










      Lendo os jornais locais e nacionais fica fácil perceber o golpismo midiático contra o atual governo federal.
      Os jornais da capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, segue a mesma linha editorial dos periódicos nacionais como “Folha de São Paulo”, “Estadão” “O globo” e outros.
      Campo Grande foi a capital que presenciou o golpe no município ao cassarem o mandato de “Alcides Bernal” em seu primeiro ano de mandato por contrariar as oligarquias da cidade morena e do grupo no PMDB  de André Puccineli com aplausos dos latifundiários local.
      Os jornalões nacionais e as emissoras de televisão de abrangência nacional do Brasil procuram obter o mesmo sucesso da capital sul-mato-grossense.
      A grande mídia funciona como uma agência publicitária patronal, pronta para disseminar o conservadorismo, atitudes reacionárias, intolerantes e até mesmo golpistas.
      Slogans, personagens e estímulos de consumo são gerados desde a redemocratização. O termo “petista” é um exemplo disso.
      A maioria dos analfabetos político, desconhecedores da plasticidade atual das siglas partidárias informam-se apenas pelo “Jornal nacional” e as novelas  da rede globo.  Dispensa explicações sobre as diversas atitudes golpistas que tal emissora já praticou no país(Edição do debate Collor x Lula).
     O 11 de setembro de 1973 foi marcado pelo golpe político, midiático e militar incensado pela igreja católica e o empresariado reacionário chileno.
     Na Venezuela , época em que ainda vivia Hugo Chaves, os mesmo atores venezuelanos, Igreja, mídia e empresariado “reaça” tentaram solapar o mandato de um presidente eleito democraticamente.
     Em 1964 os principais apoiadores do golpe militar foram a parcela conservadora da igreja católica, empresariado paulista em sua maioria e a fascinante mídia nativa brasileira.
     Bernal, Allende e até o nosso vizinho paraguaio Fernando Lugo não resistiram a pressão do capital, fascínio da mídia e a ingenuidade do povo.
     Hugo chaves resistiu a tentativa de um golpe que fora apoiado pelos reacionários de todo o planeta. Pessoas que não admitem o contraditório, pobres no poder e diminuição do abismo social.
     O reacionário conservador do Brasil entende que políticas sociais como Pró-uni, fies, ENEM e Bolsa-família são meras esmolas que incentivam o povo ser vagabundo.
     Será que Dilma Roussef irá resistir a pressão da direita reacionária, corrompida que seduzem os espectadores seduzidos pelas grandes empresas de televisão e os impressos jornalões?




                                              Visitem Kbçapoeta






domingo, 30 de novembro de 2014

MOMENTO DUVIDOSO




O momento pede atenção
A luz
O tato
A aura e a intuição
Perceber o espectro
Que a ciência renega
Caçoa
Mas na intimidade da análise científica
Onde observador e objeto interagem
Dando uma exata e ilibada

Dúvida

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

QUEM NÃO TEM...

Nunca fui muito devoto dele, mas ele faz parte de nos, precisamos dele para dar equilíbrio a nossa vida. Quem nunca o teve? Todos já sentiram sua presença, a sensação de receio, da ameaça. Pavor seria a sua ênfase, angústia seria seu sobre nome, pânico seria seu fetiche.  Nunca sabemos quando ele pode aparecer, quando aparece da carteiraço, na maior cara de pau. Quando chega manda e decide, não importa hora, lugar, vem sem data marcada, não pede licença, muda os planos, os caminhos, nossos hábitos, somos apenas coadjuvante de seus rompantes... Mas ele tem preferência, por aqueles que se preparam antes, não há como contar vitória antes de enfrenta-lo, tendo a dúvida, dar um passo sem antes consulta-lo... Porque sempre precisamos de seu aval? Do seu voto de minerva, sua aprovação..  Não podemos ficar reféns dele, só quem convive com ele, é quem o cultiva..." Medo " em  uma cabeça cheia de medos, não há espaço para sonhos. Um pouco de medo é essencial para a nossa sobrevivencia, tudo mundo tem. O que precisamos e aprender a dosar ele.  Meu maior medo é de não ver meu filho crescer, de não estar no momento em que ele mais precisar, de ajudar as pessoas porque não sei me ajudar, de escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior é acordar um dia e não ter um sonho para realizar, de não saber amar, de escrever para não pensar...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

BRASIL DIVIDIDO ?



     



      O Brasil além de não ter sido mais descoberto por Pedro Álvares Cabral, agora ficou dividido.
      Fico estupefato com a criatividade da mídia golpista  e dos jornalões puxa- sacos da casa grande que vivem de criar slogan para defenestrar os locatários indesejados do planalto.
      O movimento popular, pífio em radicalismo, subserviente ao capital e minimamente desenvolvedor de políticas sociais é visto pelos simpatizantes do conservadorismo de direita como um Josef Stalin que deve ser banido para a antiga prisão siberiana.
      Uma prova cabal que a elite “jacu”, cafona e grosseira, a elite Brasileira é desprovida de qualquer bom senso foi a vaia da presidenta Dilma.
      Os ocupantes da casa grande não medem esforços para rever seus apaniguados no poder, os únicos merecedores de um “enterro de penacho”.
      A revista‘Veja” ,“época” e "isto é" mostraram como ser um veículo de imprensa subserviente aos coronéis e empresários detentores da maior parte do capital do país.
      O agenda setting, o preconceito social, e o massivo discurso midiático dos ícones do futebol, ex-artistas pornô , atores de novela, o “reaça” do Lobão e os descerebrados do stand –up foram os fiéis cabos eleitorais do PSDB. Tudo em vão.
      Por outro lado, Chico Buarque, Beth Carvalho, Zeca Baleiro, o talentosíssimo Chico Amaral, Luiz Fernando Veríssimo entre outros artistas renomados foram alguns dos Cabos eleitorais da petista.
      Essa eleição entra para história como o primeiro confronto de ideias entre a casa grande e a senzala. O slogan do Brasil dividido não irá germinar. A razão venceu a mídia.






quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Porquê escrever???

Me perguntaram porque eu gostava de escrever?  Bom porque com a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas ideias e de se comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a vida que levamos hoje seja conhecida pelas gerações que virão depois de nós. A escrita  também é a interpretação do que sentimos, do que lembramos, de todas histórias vividas ou que ainda queremos viver. Na maioria das vezes, serve para transmitir o que pensamos, um leve esboço do que não conseguimos falar. Quando a voz embargar, tranca ou falha, e precisamos nos expressar, usamos a escrita.  Escrevendo aliviamos a alma, de um jeito mais leve, pois achamos uma saída de por tudo pra fora, tudo o que geralmente não conseguimos fazer falando, quando nos encontramos praticamente mudos. Muitas vezes o que nos falta é coragem. Por que falando muitas vezes, se perdemos no meio dos pensamentos, talvez pela lembranças do passado ou de um fato inesperado, ou até mesmo, quando ouvimos palavras vinda de outras pessoas, nos causando a dúvida, embaraço o nervosismo e pelo nervosismo, atropelamos o bom senso, tropeçando nas memorias e assim ressuscitando as mágoas. Pelo peso das lembranças, das mágoas ou da raiva, muitas vezes acabamos falando o que não queremos ou falamos da forma errada. Escrevendo podemos repensar, sobre por, ressaltar o que realmente estamos querendo dizer, com a leveza do pulso que percorre as folhas em branco, folhas que esperam sempre uma nova história ou estórias... Melhor escrever e ter a calma vinda com as letras, do que dizer para nos mesmo... " falei sem pensar"...

domingo, 2 de novembro de 2014

SÃO SÓ LEMBRANÇAS...

Lembranças, é de lembranças que é feita a nossa vida... Relembrar é reviver o que já foi vivido, uma parte da nossa história que marcou por qualquer motivo que seja... Tenho varias lembranças, da minha infância, da época do ensino fundamental, do médio, das amizades, um pouco de cada fase da minha vida... Lembranças todos temos, boas, ruim, mas independente de quais sejam elas, todas trazem a sua importância...
Escrevendo também posso ter lembranças, e escrevo aqui hoje para relembrar amanhã, para rever o que foi pensado, ontem, hoje ou alguém dia quem sabe... Porque com o tempo  tudo muda, tudo passa, o que  fica são só lembranças...

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ELITE + PSDB = DISCURSO EMBOLORADO




      Na última semana de campanha eleitoral é possível ver claramente os projetos antagônicos apresentados por Aécio Neves e Dilma Roussef.
      O projeto de Aécio Neves consiste em ampliar as vias neoliberais onde a presença do estado deve ser mínima com desigualdade social ampliada em nome do mercado.
     Qualquer cidadão minimamente informado lembra-se quando a PETROBRAS foi renomeada para PETROBRAX no intuito de ficar mais palatável em uma possível privatização e voltou a ser PETROBRAS devido a estupidez e subserviência ao mercado de Wall Street.. 
     Da mesma forma esse mesmo cidadão reconhece que foi um equívoco eivado de propinas a privatização da VALE DO RIO DOCE.
     Na parte de corrupção basta citar a compra de votos para reeleição onde um presidente legislou em causa própria com o aval das elites, Rede Globo, folha de São Paulo e a plutocracia em geral.
     O projeto de Dilma consiste na transferência de renda através do Bolsa família e outros programas.
     As elites, os moradores da casa grande, detestam qualquer forma de transferência de renda. O preconceito é tão gritante que pessoas pertencentes a elite ou suposta elite, afirma que o bolsa-família é uma forma de fomentar os pobres a usar os  filhos como modo de sobrevivência. Quer maior exemplo de preconceito ?
    Gregório Duvivier, ator e criador do site “porta dos fundos”, foi insultado por ser simpatizante de Dilma Roussef.
    O ator Dado Dolabella chamou o ator de “marginal’ por declarar voto à petista.
    É natural a crítica advinda das elites, reflete a insensibilidade com a ínfima transformação social que ocorreu no Brasil,mas, preferem os discursos “embolorados” de sovietização, Hugo Chaves etc.
    É muita irresponsabilidade intelectual ou ignorância afirmar que alguém teria condições políticas de  fazer algum regime totalitário no Brasil.
    Por esse rebaixamento do debate é que a direita evoca generais de pijama por vislumbrar no Brasil uma sociedade capitalista ao estilo do nosso vizinho Paraguai, de Horácio Cartes.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

APENAS ACHO...

Achei que escrevia por timidez de falar, ou por saber me expressar melhor com as palavras. Achei que escrevendo minhas palavras poderiam ser interpretadas de inúmeras formas, sem qualquer interferência do ton da voz. Achei que escrevendo eu poderia fazer as pessoas pensarem em que sentido ou em que situação, o que eu estava escrevendo se encaixaria em suas próprias vidas ou em algum momento que já passaram. Achei que escrevendo eu poderia trazer varias interpretações para uma mesma frase, sempre respeitando todas as perspectivas disponíveis. Achei que escrevendo eu poderia silenciar a boca, aliviar a mente, acalmar a alma. Achei tudo isso e continuo achando... Porque é necessário mais coragem para escrever do que para falar. A escrita nasce no momento em que ela está sendo lida...

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

GESTO LOUCO



Não entendo o gesto louco
Que desfaz já quem eu sou
Uma imagem
Uma nuvem
Que o vento dispersa
Morro de lembranças
O passado assume o custo
Hoje de tudo que eu era
Poesia,  me restou
Restos, apenas restos
Que fui
Que serei
E o que  não sou






segunda-feira, 6 de outubro de 2014

UMA ÚLTIMA CANÇÃO

Quem nunca teve uma música que fez lembrar de algum momento na vida?  Uma da sua primeira festa , ou a da banda que você curti, ou do primeiro beijo, da sua primeira depre... Em algum momento fomos marcados por uma canção, as vezes não nos damos conta, mas quando a escutamos nos remete no momento em que foi tatuada na gente. É incrível que quando escutamos, somos transportados em milésimos ao lugar, sentimos até o cheiro. Acho interessante isso de você ter uma memória musical, faz sentido, porque fica mais fácil você gravar coisas, tipo quando você se forma, você escolhe uma Música que vai ser sua trilha sonora naquele momento, acho que todos deveriam ter em cada momento da sua vida uma trilha sonora. Admiro quem tem essa capacidade eu tenho algumas que me remetem ao passado ou em algum momento que marcou, até momentos do meu dia a dia, da infância, a partir de agora vou adquirir esse conceito.  A cada acontecimento que eu achar que me marcou vou introduzir uma trilha sonora, e vou fazer um play liste. E quando eu partir sempre alguém vai escutar e dizer: essa foi a ultima canção...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

TODOS QUEREM SER WINSTON SMITH



     Winston Smith, personagem de “1984”, romance de George Orwel resume o ideal de muitos homens e mulheres.
     A personagem que deixou os anos de sua meia-vida ir pelo ralo, o atrito desgastante da rotina de alguém que deixa o tempo passar.
     Esposa nem sabe como perdeu, não faziam mais falta um para o outro, fim do amor e da paixão somada em uma solidão a dois resulta em desapego, desimportância e até mesmo deselegância.
     Além do cigarro e gim “Vitória”, Smith não tinha muito que fazer ou desejar.
     Pessoas ditas normais, pertencentes à base de nossa pirâmide social como Winston, encontram-se na mesma situação de impotência.
     Ao contrário do personagem de Orwel, estas pessoas possuem  entretenimentos ,vontade de consumo, TV, internet,  Celular e cerveja.
     No romance, Orwel faz sua personagem conhecer-se, rebelar-se, sofrer, violentar-se  e esquecer-se.
     TV, internet e celular fazem o mesmo quando usado apenas como entretenimento em demasia. Eles estão engolindo crianças e adultos por horas e horas. Todas elas perdidas em sua quase totalidade.

     Muitos como Winston, tentam subverter o sistema contra as engrenagens opressoras do meio cultural, social e econômico até receberem uma bala no crânio amando o Grande Irmão.



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

EVITANDO O INEVITÁVEL...


Tento todos os dias evitar ele, mas por mais que eu tente não ha como evita lo, ele sempre da as caras durante o dia, mas é no final de semana que quase sempre ele me acompanha, não tem um horário certo as vezes ele aparece depois do almoço, ou no final da tarde. Tento fugir, escapar mas parece que ele me acha para atormentar, infelismente ele faz parte de nos, serve como uma espécie de anti monotonia quando ficamos inquietos, quando nada nos satisfaz ou quando entramos no modo automático. Pego um livro, mas não consigo ler, vou para os cadernos, mas não consigo ter concentração, estudar as leis é um pouco complexo, exige interpretação, mas quando ele esta por perto ele me toma, busco refúgio nas cordas do violão, no campo harmônico que traz a sua suavidade indescritível. E só assim sou transportado para longe e consigo romper aquela sensação,  que quando bate faz parecer que todos os dias são iguais, mas não são, só são quando ele da as caras, e dai eu digo; Putz lavem o tédio...

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ninguém sabe...


Apagaram as luzes, ninguém mais se reconhece, sumiram as feições as aparências. Somos julgado no primeiro olhar, julgados pelo pré-conceito leviano desse olhar, que tudo vê mas nada sabe. Os olhos muitas vezes nos enganam, não se vê através do corpo, da alma, as vezes eles nos mostram o que queremos ver.  sabia frase " Não julgais um livro pela capa"...

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O CHORO DO TRAÍDO



    Existem três mascates que residem em uma casa alugada nos fundos de uma residência da periferia de Caarapó.
    Em Caarapó o senso-comum não encontra diversão além de beber, jogar ou fumar cigarro paraguaio.
    Os três mascates envolvidos nesse ambiente, foram despertados pelo mascate mais novo, 23 anos, briguento, sonhador e com energia advinda da idade, chama atenção de seu colega:
    -Você reparou que o “tiozão” ainda não chegou?
    -E daí ? Deixa o cara mano!
    O colega era o mascate de 27 anos. Fazia o tipo observador. Ouvia, entendia algumas coisas e outras nem tanto.
    Normalmente quando havia discussões na casa o colega era o voto inerva de qualquer assunto. De cocô a bomba atômica.
    Era domingo à noite, cruza o mascate mais velho pelos dois que estavam sentados diante da televisão.
   O mascate mais velho é separado e apreciador de uma “cachacinha” barata vendida nos botecos da cidade. É uma pessoa de olhar doce e compreensivo.
   O mascate mais novo entabulou um debate sobre o vício da bebida que culminou em severas críticas ao mascate mais velho, sobre seu habito de beber e o insuportável odor que ele emana ao chegar do bar.
   O cachaceiro reagiu com veemência, afirmou que o habito de tomar seu “mé” só correspondia a ele e a mais ninguém.
   O mascate de 27 anos que até aquele momento não se manifestara, deu uma risadinha caçoando do mais novo por ter levado um “queimão” do “Tio”.
   O novato enfurecido ao som da risada de seu colega solta um golpe-baixo verbal:
   - Pelo menos eu não tomei guampa por causa da cachaça!
E foi mais além:
   - Enquanto você tomava “pinga” sua ex-mulher tomava “pica” do Zé Adão, homem que você considerava um irmão.
   As faces do “Tio” ficaram ruborizadas, seus olhos vermelhos dando um ar desfigurado ao seu rosto. Um assassino, um psicopata se formava em seu rosto olhando fixo para o novato.
   Não contente com o resultado, o novato arrematou:
   - Zé Pedro também era teu irmão de “Pinga” e “guampa”.
   - Enquanto você tomava um “liso” com Zé Pedro, Zé Adão comia a sua mulher e a dele, dependia do dia.    Acho que até as duas juntas ele “traçou”.

   As gargalhas retumbantes no ambiente foram o suficiente para o “Velho” avançar em direção ao novato, olhar no fundo dos seus olhos, e começar a chorar.





sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VAI SABER ! ! !



Eu queria entender certas coisas... Não, mas eu acho que tem coisas que parecem não ter razão, não ter razão de você fazer, ou ficar... Ficar com uma pessoa de novo que você já teve algo mas acabou, ou dar abertura para ela parar nem se for um segundo em sua vida de novo, mesmo você não entendendo o por que disso tudo...O porque de ter mil pessoas a sua volta mas uma vez no mês, nem se for você lembra daquela pessoa. Você pode estar com alguém,ou com mais pessoas, mais necessita voltar naquela que já passou, mas marcou e que era pra ser passado, e por que ter a necessidade, ou a coragem de lembrar do beijo, cheiro e mais ainda pra ligar... Destino ? Não sei, só dá pra entender que tem coisas que nunca iremos entender, coisas sem razão que no impulso fazemos, que nos fazem rir e chorar, que nos fazem felizes e tristes... Que fazem a gente sentir ao mesmo tempo diferentes sensações. Talvez em cada reencontro tenha aquela sensação do primeiro, aquele frio na barriga e ao olhar nos olhos dela pensa, mas porque ? E não acha a resposta. Talvez nem se for, só 1% de sentimento, um sentimento que não tem explicação... Talvez porque ela faz lembrar o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo...

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Um Junkie em Dourados

       


       Getúlio foi ao cinema. Estava fechado. Motivo? Chuva.
       Como o cinema estava fechado ele resolveu dar uma volta por Dourados.
       Por volta da meia noite encontrava-se ele em um bar “underground” douradense.
       No bar ele entabula conversa com um rapaz que tinha o apelido de Zumbi. Por seu nome Marcos ninguém o conhecia.
       Zumbi tinha mais dois de sua grei que se chamavam Luiz e Rogério.
       Com Luiz e Rogério cheirou cocaína, tomou vodca e cerveja.
       O resultado da noite para ele fora constatado no dia seguinte como uma bela experiência de perda de tempo.
       Não se perdoava por ter chegado às quatro e meia da manhã, dormir o dia todo e despertar somente às seis da tarde. Perdeu um lindo dia chuvoso, seu favorito por uma ridícula noite pesudojankie.
       Percebera nesse momento que não tinha aptidão para uma vida junkie junto ao baixo clero, onde a cocaína era de péssima qualidade e o crack era acessível. Logo crack. Ele odeia crack.
       A noite anterior lhe mostrou que antes estar só do que mal acompanhado.
       Para não dizer que tudo lhe foi ruim, ele aconselhou um dos jovens indeciso a cursar licenciatura.      
       Ele espera que o rapaz faça vestibular e deixe essa vida de consumidor de cocaína de baixa qualidade.
       Ao final do conselho eles tiveram que sair às pressas do bar por que alguém iria dar uns tiros em um dos rapazes que lhe acompanhavam e ele não queria ser alvo de uma bala perdida.

       Bar Chopperos e Satifaction não lhe verão tão cedo.

Tenho!



 Hoje tenho ódio das aparências, dos perfis perfeitos nos aplicativos, da compreensão fingida do início. Hoje tenho ódio da paixão que não continua com os defeitos. Hoje tenho ódio de quem se apresenta de um jeito para agradar e não assume o que é desde o primeiro encontro. Espumoso ódio daquele que tudo concorda para depois sabotar, que tudo aceita para depois sonegar, que tudo quer para depois rejeitar. Indomável ódio da loucura invisível das pessoas, que são sempre certas e exatas em seus raciocínios e volúveis em seus desejos. Imenso ódio dos que jamais dobram os braços para agradecer e os joelhos para rezar. Absoluto ódio da confiança, palavra traiçoeira, que é apenas mais um sinônimo para esperança. Insaciável ódio das frases ditas para sempre e que não duram nem alguns meses. Invejável ódio da convivência de afeto, espaçado e de ternura episódica. Incomparável ódio do egoísmo disfarçado de independência. Implacável ódio da crueldade que todos recebem quando se desarmam por completo. Incompreensível ódio de me expor, pois não há como se esconder dos próprios sentimentos.
Hoje estou desencantado do Amor. Mas só hoje...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Minha visão...



A realização de um sonho depende de muita dedicação, esforço e persistência. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar feriados e fins de semana, pelo menos uma centena de vezes. O meu sucesso esta sendo construído à noite, mas para você obter um resultado diferente da maioria, você tem que ter persistência e amar o que esta fazendo. Se fizer igual a todos, terá os mesmos resultados de todo mundo. Eu não me comparo à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp e comendo batatinha frita, você terá que planejar seus passos, enquanto os outros permanecem a frente da televisão, você terá que trabalhar, em quanto os outros estão tomando sol a beira da piscina. Um sonho depende de sacrifícios, há muita gente que espera o sonho se realizar por mágica, mas toda mágica é ilusão e a ilusão não tirá ninguém de onde está. Na verdade a ilusão é combustível dos perdedores, pois quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer, encontra uma desculpa. Mas lembre-se nunca é tarde demais ou cedo demais para ser quem você quer ser. Não há limites de tempo. Comece quando quiser, mude ou continue sendo a mesma pessoa. Não há regras para isso. Você pode tirar o máximo proveito ou o mínimo. Espero que tire o máximo. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com um ponto de vista diferente. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. E se não se orgulhar dela, espero que encontre forças para começar tudo de novo...

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O violão desenforca os homens...


São cordas para salvar as pessoas da solidão, do nó, do desespero.
O violão e um antídoto contra o suicídio, o mais eficaz inventado até hoje.
A tendência é transformar o bilhete de suicida em letra, animar-se com a melodia e esquecer as idéias macabras.
Como alguém vai se matar segurando as canções com os próprios dedos? É como dar colo a um bebê. Quem canta já tem esperança de novo, quem toca violão já voltou a amar mesmo que esteja cantando um amor perdido.
A música refaz o nosso nascimento...
Bela reflexão de "Fabrício carpinejar", realmente a música nos remete ao alívio, uma verdadeira terapia. Tenho como meu psiquiatra meu violão... Por que a música me da a paz e a calma que o mundo me tira.

FECHAR OS OLHOS - por KBÇAPOETA



      O homem está calcado em uma cultura de mercado em que se vendem e consomem intimidades.
      Atualmente devido à ânsia de saber o final antes de terminar o filme, do prazer imediato, o horror a surpresa. O Prazer desgastado.
    O despertar da vida com seus mistérios já não interessa. Queremos o pronto. Agora e já.
    A rima fácil, o gesto rude, a piada pobre com um toque de pseudo-nobreza. Cafonice.
    É preciso um “fechar de  olhos’ para perceber a vida por outros sentidos, culturas e maneiras.
   Perceber a vida por outras nuances e torna-la interessante, mais viva, emocionante e com surpresas.
   Quando se deixa de encantar-se com a vida, você morre respirando. Vira cinza, um atual walking dead.
    A pessoa que lê vê um mundo mais colorido, emocionante e significativo. Leia mais.






quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sentindo Demais



Estou sendo sincero
A verdade, Covarde
Me magoa demais
Onde pude
Andar
Juventude vagar
Pela vida
Por aí
Tenho me sentido
Abstrato
No absurdo
Paetês e marfins
No lúdico
No mais
Vigio-me
Disfarço
Na procura de alguém
Que não sou eu
Sem deixar de ser

Minha metade




terça-feira, 15 de julho de 2014

Francisco franciscano

Eu vi um andarilho no sol, mas não vi seu rosto. O tempo congelou uma foto sua em minha memória. Dei meia volta decidido a bater uma foto dele naquele cenário de produção alimentar em frente a um faminto.
    O milharal seco, sem possibilidade de consumo humano, ele, um rosto honesto que poderia esconder qualquer bandido e uma mochila e um saco que carregava.
      Seu nome é Francisco, se diz carioca, torcedor do fluminense. Esteve em Guaíra no estado do Paraná e atualmente estava naquela estrada para chegar a Maracaju.


    
De Maracaju ele quer chegar a Campo Grande e da capital encerrar sua caminhada em Camapuã, pois lá tem “conhecidos” que o ajudarão com comida e com os documentos que perdera nos percalços da vida e assim recomeçar.
     Recomeçar. Palavra essa que nos assola em todos os momentos de adversidades cotidianas ou existenciais.
     Francisco com certeza é alguém que qualquer um percebe que ele está literalmente recomeçando.
       Apenas uma mochila e um saco de linhagem repleto de latinhas de alumínio. Esses são os ingredientes da receita de Francisco para recomeçar.

    
Como acredito que a caminhada de Francisco era dele e de mais ninguém, dei-lhe um presente muito útil naquele cenário adverso e hostil: Boas dicas.
     Recomendei-lhe que fosse fazer um boletim de ocorrência (B.O) dos documentos, procurasse a secretaria de assistência social para fazer os documentos de graça e uma igreja católica com ação social para garantir-lhe pouso e comida por alguns meses.
     Pleitear um emprego no “obrão” ou nas lavouras na safra de milho que se avizinha era uma opção razoável para quem possui baixa escolaridade.

     Francisco caminhando franciscanamente pelas rodovias do Mato Grosso do Sul. Sua estrada, seu recomeço.



                                                                     

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Nossos pensamentos são filmes





     Se você perceber todos seus pensamentos são filmes, e filmes falhos, pois é provado que a mente algumas vezes tende a alterar os acontecimentos.
     E você perguntará: E daí? O que eu tenho haver com isso?
     É que se seu pensamento é filme, e você sabe que é, pois ao pensar, sempre vem a imagem na sua cabeça.
     Como explicar?
     Não sei.
     Programa?
     Ou o homem chega em um nível elevado de superação, que consegue criar um cérebro artificial, transformar pensamentos em imagem e som ?
     Será teoria da conspiração?
     Não se questionar sobre isso,atravessar a vida incólume pelos acontecimentos diários sem percebe-los é como estar a 3/4 da morte.



"Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Como nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo."


Buda




sexta-feira, 27 de junho de 2014

FRAGMENTOS DE VIAGEM À CIDADE DE "Z" ( Parte V final )




      Maurinho explicou-me que o homem entra em contato com a natureza através da ação sobre ela: - Não é errado arar a terra para produzir seu alimento,  tão pouco produzir excedentes para trocar ou comercializar com o vizinho. Com certeza ele produzirá outro alimento ou algo que será útil a você que poderá ser trocado ou comercializado também.
      Maurinho foi além, disse-me que se deve levar em conta além da subsistência; a existência.
      Ouvindo  voz daquele homem de gestos simples e suaves, educação impecável, soube que estava diante de um grande ser.
     Um ser digno e nobre que herdou uma missão; não digo invejável, mas, louvável e recompensadora: Ser responsável pelo Portal do Roncador, entrada da Serra onde encontra-se um dos mais famosos  picos do roncador, visitado por pessoas do mundo inteiro, chamado de “Dedo de Deus”.
      Maurinho dizia: - O homem não precisa de status. Precisa executar suas vontades nobres. É aí que mora a existência. Em tom professoral continuou:  - subsistência é como subsistir. É uma “quase vivência”. Não chega ser uma vida, subsistir é menos que viver. Se lembrarmos de que a maioria dos brasileiros e outras subnações estão na mesma condição, compreender isso torna-se triste e constrangedor.



                                              (in memorian a Sandro Vedoy da Silva)




                                            

segunda-feira, 9 de junho de 2014

DURA NA FRONTEIRA





    Lembrei-me da vez em que eu estava em uma estrada deserta. Cenário bucólico ideal para esquecer-se de si, relaxar, enfim, desligar.
    Eis que nesse êxtase encantador observo o belo dia, verdes pastagens que foram aradas pelo latifúndio, vazio do pós-colheita. É o protetor de tela do Windows.
    O mergulho ao âmago do meu ser foi tão forte que que resolvo ligar para minha mãe.
    Falo vinte minutos com a coroa e desligo. Vou entrar no carro para partir, mas, eis que surge uma s-10 do GEFRON (Policiais do Grupo Especial de Fronteira) e pede-me para me afastar do automóvel.
    Começa uma revista em meu carro para saber se portava drogas para o tráfico ou não.
    Nesse momento quase posso suar frio. Não sou traficante mas dou uns tapas de vez em quando e estava por um triz de ter que enfrentar o constrangimento e ser tachado legalmento como “usuário”.
    Olharam embaixo do painel do meu carro, porta-malas embaixo do banco. Tudo ok, estava limpo.
    Junto com minha mochila, violão e outros pertences estava meu saquinho de erva, filtros, fechador de cigarros e seda, ou seja, um kit maconheiro.
    Por precaução eu enrolei esses materiais em umas três sacolas plástica de supermercado. Um dos guardas que olhava minha mochila, violão e outros pertences pegou nas mãos o saquinho. Gelei novamente, ele olhou nos meus olhos que estavam vermelhos como de uma lebre, deu um sorriso de canto de boca e largou o saquinho de volta.
    Os guardas entraram na caminhonete e sumiram pelas estradas do Montese. Nunca mais os vi. Nunca mais fui lá.






segunda-feira, 2 de junho de 2014

FRAGMENTOS DE VIAGEM À CIDADE DE "Z" ( continuação IV )





      Percy Fawcett teria descoberto em suas explorações na América do Sul uma espécie de estátua que descrevia um mapa, tal mapa indicava que na região entre Barra do Garças e Nova Xavantina haveria uma cidade evoluída que mantinha relações extraterrestres. Cidade esta  cuidada pelos índios da região que tinham ética suficiente para conviver com tamanho conhecimento e poder. Muito contrário da maioria dos homens de nossa sociedade consumista e capitalista.
     A entrada dessa cidade, uma espécie de Atlanta, se daria no portal do Roncador.
     Portal do Roncador é uma reserva ecológica onde há formações rochosas encaixadas em formato de chaminés de barro, ou melhor descrevendo, picos rochosos de grandes altitudes. O lugar tem desenhos rupestres, escritas de outros povos que a princípio não pertenciam a essa região, aparições ufológicas, pontos de luz e inúmeras ordens esotéricas. Lá conheci Maurinho.




segunda-feira, 26 de maio de 2014

LÁ NO CÉU



Lua cheia

é o arco Íris

em linha reta, com suas sete cores,

seus sete espectros.

Girando no céu a noite continuamente.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

MOÇOS




Já avisaram os pobres moços

Que no caminho dos amores

Não existem atalhos,

Apenas trabalhos

Que resultam em um pseudo nada absoluto,

Absoluto nirvana

Que nenhum mortal ousara adentrar ?

segunda-feira, 12 de maio de 2014

AMOR DE CARNAVAL



   


    O carnaval pode ser uma época triste onde solteiros procuram um amor eterno disfarçado de uma paixão fugaz.
    Casadas e casados sofrem com as brigas que convenientemente a época traz atrelado ao sumiço da cara-metade que se perde entre orgias e salões. Por esses e outros fatores é possível que o carnaval possa ser triste para certo número de pessoas.
    Havia um jovem que estava na faixa dos vinte anos e acreditava ter encontrado a mulher de sua vida. Sentia-se o mais afortunado dos homens. Tão moco e já contemplado no consórcio do amor.
    Conhecera de vista a menina de sua escola, mas, conversara com ela pela primeira vez uma reunião na casa de um amigo em comum. A paixão foi fulminante.
   Sonhos e devaneios de uma cinematográfica vida perfeita a dois tendo ela e ele como protagonistas não saia de sua cabeça. A sensação era celestial, não queria mais nada da vida.
    Transcorridos oito meses de intensa paixão, chega o carnaval e suas tentações.
    Subitamente na semana que antecedia o carnaval ela virou uma verdadeira fera na segunda-feira. Na terça ficara rabugenta, frígida na quarta, ausente na quinta e extremamente violenta na sexta.
   Uma briga em que palavras foram usadas como lâminas sangrando o mais nobre dos sentimentos e evocando os mais horrendos que um coração magoado e ferido pode ter.
   Sumiu na madrugada da sexta-feira. Madrugada esta que inaugura os devaneios permitidos de uma legítima festa da carne. Um mar de braços, pernas e bocas lânguidas e envolventes.
   Nunca mais vira seu suposto amor. Sumiu na sexta fatídica de um carnaval entre lantejoulas, camisinhas, bebidas e prazeres.




terça-feira, 29 de abril de 2014

ETÇ E OUTRAS COISAS

      É estranho os seres humanos buscarem uma unidade, religião, entendimento com o próximo se eles são tão díspares entre si.
      Chego quase a afirmar que, o que une as pessoas são as diferenças, como o que alivia os homens não é a presença de Deus, mas,  sim a sua ausência.
     Em nossa sociedade de agora ou de outrora as verdades sempre foram transitórias. Vejamos alguns exemplos disso: Ovo, chocolate, sexo, drogas, religião, trabalho, sono e muitos outros exemplos que poderia citar.
    Atualmente minha verdade, consciência e entendimento transitório sugerem-me que um mundo igual, uniforme e corriqueiro seria um tédio. Não evoluiria e talvez nem existisse.
     Crentes dizem que Deus surgiu, fez surgir o mundo, pessoas e formas de vidas diferentes, porém a ciência afirma que o choque de micro células diferentes que se completaram é que fez surgir o mundo.
     A certeza é que tanto Deus ou a ciência admitem que as formas de vida existem por causa das manifestações das diferenças que se deram através do contato com o diferente, ou seja, a vida animal, humana e até o sexo se deram pela junção dos diferentes.
     O prazer pleno se dá através do outro. Nem a masturbação funciona se não houver a imagem de outro ser diferente.
     Não estamos sozinhos no mundo justamente por que somos diferentes, etc e outras coisas






                                                           "Ser diferente é do caralho"
                                                                                                             Vozes populares

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas





Quando aquilo que é deixa de ser, tudo se dissipa em algum vão, só restam os móveis imóveis e um funesto silêncio. As esquinas, dobras e quadras lembram histórias que quando lembradas parecem apenas desperdícios de uma fútil tristeza desolada. O que é vivo e vívido não merece ser contado ou explicado, apenas sentido. Mas o que resta ao que não pulsa mais? As folhas que começam a cair já não encantam por sua leveza, nem o canto dos pássaros por sua sabedoria. De repente, todas as impressões metafóricas da vida tornaram-se tijolos e concreto entulhados, amontoados, não mais que cacos agregados por uma densa e insustentável preguiça de inventar arquiteturas impossíveis. Sol que não ilumina a escuridão, brisa que não afaga uma fria solidão. Medalhas de ouro e títulos de prata escorrem por entre os dentes de uma alma esvaziada. O gelo do metal não representa mais o seu valor. Quando o que é se dissipa, a arte deixa de completar, resta apenas um corpo, uma silhueta qualquer, um amontoado de partes e partículas incapazes de sorrir e encenar. O ator desce do palco e contempla, da platéia vazia, a banalidade da sua própria atuação, sem ação, imóvel, estagnado para todo o sempre, de olhos fechados a esperar o tempo. Parte e partículas que não dançarão; olhos e olhares que não mais olharão. A arte, a graça, a brasa, tudo se foi. Não há, nem nunca haverá um substituto àquele olhar. Não há lar. Amargo lar.