domingo, 26 de setembro de 2010

O Que Sobrou da Realidade Que Fui

O desequilíbrio dessa confusão

É o que me move pra fora dessa ilusão

Num tropeço, um rompante qualquer

tudo muda, nada mais faz sentido

um sentido sequer

Me perco em mim, não sei mais quem sou

Esqueço quem fui, não sei pra onde vou

Um pensamento cambaleante sustenta uma certeza delirante

Uma nuvem de realidade, uma mentira de verdade

Desaprender é um aprendizado desalienado

Adentrar numa dúvida, desvirtuar da existência

estúpida dessa vida

Ser mais do que se pode ser

é ser somente tudo que pode se desfazer

Tudo passa, tudo está passando

Quem fui segue o caminho de quem serei

E aqui eu fico, e aqui eu ficarei

Sem início, sem fim

Só sendo o que, por hora, está sobrando de mim