O carnaval pode ser uma época triste onde solteiros procuram um amor eterno disfarçado de uma paixão fugaz.
Casadas e casados
sofrem com as brigas que convenientemente a época traz atrelado ao sumiço da
cara-metade que se perde entre orgias e salões. Por esses e outros fatores é
possível que o carnaval possa ser triste para certo número de pessoas.
Havia um jovem que
estava na faixa dos vinte anos e acreditava ter encontrado a mulher de sua
vida. Sentia-se o mais afortunado dos homens. Tão moco e já contemplado no
consórcio do amor.
Conhecera de vista
a menina de sua escola, mas, conversara com ela pela primeira vez uma reunião
na casa de um amigo em comum. A paixão foi fulminante.
Sonhos e devaneios
de uma cinematográfica vida perfeita a dois tendo ela e ele como protagonistas
não saia de sua cabeça. A sensação era celestial, não queria mais nada da vida.
Transcorridos oito
meses de intensa paixão, chega o carnaval e suas tentações.
Subitamente na
semana que antecedia o carnaval ela virou uma verdadeira fera na segunda-feira.
Na terça ficara rabugenta, frígida na quarta, ausente na quinta e extremamente
violenta na sexta.
Uma briga em que
palavras foram usadas como lâminas sangrando o mais nobre dos sentimentos e
evocando os mais horrendos que um coração magoado e ferido pode ter.
Sumiu na madrugada
da sexta-feira. Madrugada esta que inaugura os devaneios permitidos de uma
legítima festa da carne. Um mar de braços, pernas e bocas lânguidas e
envolventes.
Nunca mais vira seu suposto amor. Sumiu na sexta fatídica de um carnaval entre lantejoulas, camisinhas, bebidas e prazeres.
Nunca mais vira seu suposto amor. Sumiu na sexta fatídica de um carnaval entre lantejoulas, camisinhas, bebidas e prazeres.