Um desalento sedento de prazer
Um corpo cambaleante diante da defenestração
Quanta emoção
Viver a vida por um fio de autocomiseração
Observar os carros passar
Mas cansar de esperar aquele passar
Madrugada quase fria, calçada vazia
Relógios por toda parte insistem em desviar a arte do não ser
Quanto tempo para abastecer a vacuidade do anoitecer
Ler, ver, em alguns momentos até crer no não pensar
Mas sempre voltar àquele lugar onde não se pode estar
Desviar o rumo, mudar a rota colocar a vida à prova
Sentar na janela e ficar à espera do brilho de uma estrela que não brilha mais
Ser capaz de vasculhar mentes e cultivar sementes de sentimentos virtuais
Escrever uma dúvida, anotar uma esperança, provocar uma lembrança
Conversar sem falar, codificar para dificultar
A insanidade infantil daqueles que não conseguem envelhecer
esquecer
E só restar provocar um par de sorrisos para se entreter
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)