quinta-feira, 15 de abril de 2010

GLANDULA PINEAL





Na acesa fantasia estou medindo,
O doce amor que sentira um dia,
No tempo que sobre asas,
Leva-me incauto ao abismo.

De lá, observa-se um turbilhão de ideias.
Alumbramentos desfigurados em visões,
Onde não está anunciado o novo mundo,
E sim, o mais puro papel em branco.

Isso mesmo!
Um papel em branco onde gesto e reação
Funcionam qual a pena, que destila letras,
Nau singrando o mar das divagações.

Em dias de ressacas suas ondas
Expõem o rochedo de minha razão,
E ri, como um infante do meu ceticismo.

Procuro acreditar nas ciências,
Nas entrelinhas do jornal.
Que galhofa!

O mar não é recipiente
Não tem forma

E eu?
Fico rochedo no fundo do mar.