quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

VÍDEOPOEMA PERECÍVEL

Nem tudo é para se dizer nesse mundo,
Existem coisas que devem permanecer ocultas.
Caminho adentrando vertigens de nostalgias
Como se percorresse
O caminho de minha morte anunciada.
Como se fosse entrar em um estado
De absoluto esquecimento.
Não existe morte!
Existe esquecimento.
Que são os versos,
Se não passagens do esquecimento?
O vento passa e arrasta as lembranças
Como os rastros das estradas.
Procuro o não-lugar,
Longe do segredo que oculta
A graça da recordação.
Quando se morre,
Começa o esquecimento.
Esqueço de quem fui.
Esquecem o que fiz.
Esqueço de quem fez.
Comungo com os sais minerais
Em um nivarna microscópico,
Entornando o húmus
Que ira alimentar a vida
Dos que ficam.
Aqueles que não lembro mais.