terça-feira, 29 de abril de 2014

ETÇ E OUTRAS COISAS

      É estranho os seres humanos buscarem uma unidade, religião, entendimento com o próximo se eles são tão díspares entre si.
      Chego quase a afirmar que, o que une as pessoas são as diferenças, como o que alivia os homens não é a presença de Deus, mas,  sim a sua ausência.
     Em nossa sociedade de agora ou de outrora as verdades sempre foram transitórias. Vejamos alguns exemplos disso: Ovo, chocolate, sexo, drogas, religião, trabalho, sono e muitos outros exemplos que poderia citar.
    Atualmente minha verdade, consciência e entendimento transitório sugerem-me que um mundo igual, uniforme e corriqueiro seria um tédio. Não evoluiria e talvez nem existisse.
     Crentes dizem que Deus surgiu, fez surgir o mundo, pessoas e formas de vidas diferentes, porém a ciência afirma que o choque de micro células diferentes que se completaram é que fez surgir o mundo.
     A certeza é que tanto Deus ou a ciência admitem que as formas de vida existem por causa das manifestações das diferenças que se deram através do contato com o diferente, ou seja, a vida animal, humana e até o sexo se deram pela junção dos diferentes.
     O prazer pleno se dá através do outro. Nem a masturbação funciona se não houver a imagem de outro ser diferente.
     Não estamos sozinhos no mundo justamente por que somos diferentes, etc e outras coisas






                                                           "Ser diferente é do caralho"
                                                                                                             Vozes populares

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas





Quando aquilo que é deixa de ser, tudo se dissipa em algum vão, só restam os móveis imóveis e um funesto silêncio. As esquinas, dobras e quadras lembram histórias que quando lembradas parecem apenas desperdícios de uma fútil tristeza desolada. O que é vivo e vívido não merece ser contado ou explicado, apenas sentido. Mas o que resta ao que não pulsa mais? As folhas que começam a cair já não encantam por sua leveza, nem o canto dos pássaros por sua sabedoria. De repente, todas as impressões metafóricas da vida tornaram-se tijolos e concreto entulhados, amontoados, não mais que cacos agregados por uma densa e insustentável preguiça de inventar arquiteturas impossíveis. Sol que não ilumina a escuridão, brisa que não afaga uma fria solidão. Medalhas de ouro e títulos de prata escorrem por entre os dentes de uma alma esvaziada. O gelo do metal não representa mais o seu valor. Quando o que é se dissipa, a arte deixa de completar, resta apenas um corpo, uma silhueta qualquer, um amontoado de partes e partículas incapazes de sorrir e encenar. O ator desce do palco e contempla, da platéia vazia, a banalidade da sua própria atuação, sem ação, imóvel, estagnado para todo o sempre, de olhos fechados a esperar o tempo. Parte e partículas que não dançarão; olhos e olhares que não mais olharão. A arte, a graça, a brasa, tudo se foi. Não há, nem nunca haverá um substituto àquele olhar. Não há lar. Amargo lar.