Ser ou não ser Charlie Hebdo não é a questão. A questão é
por quê ?
Charlie Hebdo pode
ser comparado com as piadas grosseiras e racistas de alguns comediantes de
stand-up que fazem da ofensa gratuita seu meio de vida.
A intolerância
grassa não só no Brasil, mas no mundo.
Terminando o
primevo mês de 2015, os rumores reacionários estão um pouco mais apaziguados, é
possível refletir no festival de impropérios que foi essas eleições.
Ainda estou
estupefato por ouvir gente clamar a volta dos militares no governo. Tal
afirmação só pode ser comparada aos Jihadistas que vislumbram um mundo seguindo
politicamente as leis de Maomé.
Evangélicos
fundamentalistas encontraram em Jair Bolsonaro o porta voz das imbecilidades
homofóbicas e reacionárias. Ainda me pergunto o que leva alguém a votar em Jair
Bolsonaro.
Saindo das sandices
ignorantes proferidas por Bolsonaro e rumando para Place de Clichy, o discurso
e a ignorância manipulada é a mesma. Morte aos radicais que são muçulmanos.
No Brasil, muitos
que estampam a frase no facebook “Je suis Charlie” aplaudiu o fuzilamento do
brasileiro na indonésia envolvido com tráfico drogas. O que dizer de alguém que
a morte de um ser humano não lhe sensibiliza ?
O mundo mostra que está na moda ser conservador,
reacionário e pouco se importar para vida alheia desde que seja branca e
europeia.
Quantos morreram no
ataque na Nigéria quando o Boko Haram tomou a base militar e a cidade de Baga ?
Foi no mesmo dia do atentado à revista, Dois mil ou um pouco menos morreram. O
que os “cidadãos de bem” escreveram nas páginas de seus facebooks e blogs ?
Nada.
Não será de
estranhar um ataque nas regiões orientais “casualmente" nas regiões
petrolíferas controladas por terroristas orquestrada por europeus e
norte-americanos.
Déjà vu?
A questão não é ser
ou não ser Charlie Hebdo e sim aceitar o contraditório. Se aqui no Brasil os
ditos “patriotas” desrespeitam sua autoridade máxima em um gesto grosseiro e
cafona e tentaram ao máximo ter um terceiro turno e estão na torcida do “quanto
pior melhor”, o que farão fundamentalistas que foram provocados a anos por um
veículo sem escrúpulos
Je suis
respectueux.