domingo, 25 de janeiro de 2015

DIREÇÕES








No quarto empoeirado

Reviro o baú de arrependimentos.

Um turbilhão de saudades,

Vidas remotas, vidas que não foram minhas,

Misturando-se e perdendo-se no tempo,

Espaço e pensamento.

Tamanho porão de meus guardados

Que soterrado de memória,

Agora se esvazia em esquecimento,

Indo e voltando de acordo

Com as mazelas da rosa dos ventos

Que ao indicar-me o sentido hoje,

Perco o tino amanhã.






quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O FANTASMA










O fantasma perambula pela casa.

O quarto,

Sala

Cozinha.

Nada lhe pertence.

São grilhões

Imaginários.

Vida,

Família,

Convívio inexistente.

Presença etérea,

Insignificante,

Transparente.

Eis um fantasma.









segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

VISÃO CALEIDOSCÓPICA










Escrever

   meu delírio

em versos.

Frases

criadas

no átimo

 em que imagens,

devaneios,

  fotogramas

e dioramas

 eternizam

a projeção

do ser .