Um amigo que é "DJ" ou dee jay (abreviação de "Disk jockey") coloca no seu perfil do messenger a seguinte frase: - Michael Jackson o Deus da música.
Fiquei intrigado com aquela frase, mas minha sábia discrição aconselhou-me a não questioná-lo quanto a tal demonstração de amor ao (mais um?) "Rei" do pop.
Nos tempos em que o Papa não é tão Pop, percerbo nas ruas uma certa "canonização" de Michael Jackson.
Tributos, remasterização de álbuns, corpo que não aparece, pai que não quer enterrar, médico sendo processado, funeral sem corpo, plásticas, cores de pele, taras e manias, enfim, torrentes de informações imbecis sobre a vida do cara.
Percorro o centro da cidade que no caso é Cuiabá, mas se enquadraria ao ambiente de qualquer capital, camelôs vendendo desde Cds a fotos do cantor em diversas poses (derrepente até posicões ginecológicas).
E os escândalos e programas de humor como "Hermes e Renato" ou "Casseta e planeta" que escarneciam dele, justamente seu lado "pedófilohomossexual" ?
Não acredito muito em teorias de conspiração, mas teorias comerciais para tornar vendável um mito decadente e produtos que sua imagem pode vender, sim.
Confesso que antes de Michael Jackson falecer, eu sentia falta de suas músicas no cenário internacional, atualmente invadido sem dó nem piedade por Amy Winehouse, Emos e outras porcarias.
Pouco importa se Jackson será ou não rei do pop, espanta-me é a capacidade do populacho de ser tão "manobrável" sobre seus desejos de compra.
O aprendizado da linguagem é tido como um processo formal, rígido e antiquado; ainda mais quando pensamos nas novas gerações, inseridas na pós-modernidade, em que tudo é líquido, rápido e com a obsolescência previsível, imutável e quase imediata. Ou seja, não há tempo a se perder. Então, aprender a escrita e a pronúncia perfeitamente corretas, aparentemente, torna-se um paradoxo, pois, além de demandar tempo de aprendizagem, muitas vezes, a aplicação da língua correta dificulta a fluidez da comunicação nos novos meios tecnológicos, os quais requerem alta velocidade de emissão e recepção e níveis nulos de complexidade. Prova disso são as mensagens de celular e de comunicadores online, cuja linguagem adotada é própria e sem qualquer regulamentação formal; baseada apenas em convenções interpessoais.
O grande valor em deter-se às minúcias da língua é sempre manter intocável a sua essência. Quanto mais detalhada e complexa ela for, menos espaços existirão para serem preenchidos por novas convenções locais que, a longo prazo, a tornariam incompreensível para povos distantes, mas usuários de um mesmo idioma, e, portanto, integrantes genuínos de uma grande família. Isso não quer dizer que as línguas não devam evoluir, modificarem-se e desenvolverem-se, muito pelo contrário, no entanto esse processo deve ser homogêneo e coordenado; levando em consideração todos aqueles que compartilham dos mesmos códigos, contudo não têm acesso aos mesmos recursos que possibilitam essas “evoluções” torrenciais.
Mas aprender a língua pátria é mais do que simplesmente deter-se a regras e normas formais aparentemente sem qualquer sentido palpável, às vezes beirando à insignificância, o estudo da língua é estar inserido em uma conjuntura ampla e muito mais densa do que a percepção ingênua pode ater-se. O território delimita as fronteiras de uma nação, todavia a língua transcende os limites geográficos e é capaz de unir, não uma, mas várias nações sob a égide de uma mesma essência coletiva, responsável por acolher cada um dos indivíduos integrantes desse organismo vivo que é a cultura.
Por falar em cultura, palavra de difícil assimilação, não pela falta de definições, mas pelo excesso delas, é importante salientar o serviço da língua a ela, pois, junto com as regras sintáticas e morfológicas, inerentes a cada idioma, vão juntos valores éticos, morais e até fundamentos intelectuais. Dessa forma, a linguagem não estipula apenas uma forma de comunicação, mas também de entendimento da realidade. É possível ver fragmentos meus e seus constituindo povos de culturas, à primeira vista, antagônicas.
Em verdade, enquanto houver um americano, um europeu, um africano ou um asiático falando um mesmo idioma, o mundo nunca será grande o bastante para ser totalmente desconhecido ou polarizado. Aqui e lá sempre haverá um porto seguro para se ancorar.
O vento descobre Que não pode Mudar minha direção. Julga-me abjeto, Objeto indireto, Alheio a qualquer situação. Internamente em catarse A cada fato que cause O irmão repartir seu pão.
Andarei leve, qual pensamento. Solto como perdão, Veloz como injúria presa. Palavra suplicando desabafar. Verbo preso, nunca mais! Quero ouvir das línguas A fala pulsante, viva se metamorfosear. Ser andante na procura, no esmo reinante, No pavonear dos estradeiros. Do artesanato único e exclusivo, Serei o observador Perene, errante, anônimo.
O problema inerente ao filme Matrix é: até onde podemos confiar na nossa percepção que acredita diferir a realidade do idílico. Bem, esse questionamento é extremamente antigo e causa muita angústia aos que se debruçam sobre ele; pois, mesmo Descartes tendo dito “penso, logo existo”, no desespero atroz de alimentar seu egocentrismo, perguntas ainda ficam suspensas: o que é a realidade? Que garantias temos de que diferirmos o que é real do que não o é? Será que pensar é garantia de existir? O que é existir?
O homem é extremamente antropocêntrico e egocêntrico; tem dificuldade em conceber que a natureza não necessita de sua presença, muito menos de sua existência: o mundo pode girar sem ele. No entanto, essa posição é desconfortável, o que o faz, desesperadamente, procurar fórmulas incontestes e dados empíricos factuais que comprovem, inexoravelmente, a sua condição de existência e de participação do que ele acredita ser o real, o existir. Essa ideia preconcebida de homem esclarecido e detentor do conhecimento fecha os olhos para o que pode estar além do sensorial. A criança quando nasce é impelida a um mundo repleto de signos, significados e códigos. O recém nascido é carne, e só. A partir de então, mentiras e suposições tidas como verídicas são gravadas no seu cerne, no âmago de um ser acrítico.
Em tese, para um código ser minimamente confiável, devemos atribuir-lhe certas características estruturais, a saber:binariedade: cada código deve ser estruturado em paridade; polaridade: cada par binário deve manter uma relação de oposição; e assimetria: um dos componentes do par deve prevalecer em detrimento do outro. Essas características tornam possível a distinção entre a dor e o prazer; entre a água e o fogo; e etc. Mas qual é o par da realidade? Qual a sua negação?
Exatamente isso o que torna a percepção da realidade e, até mesmo, da própria existência uma suposição calcada no nada. O filme Matrix elucida esse dilema de maneira bastante interessante. Toda a vida daqueles que acreditavam estar na realidade - na qual eu e você também acreditamos estar inseridos - em verdade, estavam em um mundo alheio ao seu conhecimento, fora do seu saber e do seu entendimento e compreensão; mas só critica quem conhece, então, por estarem cegos, as pessoas ingenuamente faziam parte de uma sociedade paralela, servindo a propósitos diversos dos quais acreditavam servir. Preocupavam-se com tarefas as quais não existiam, sofriam por problemas fictícios e sentiam prazer por benefícios idílicos.
O que é mais frustrante nesse imbróglio que é, ou pode ser, a realidade é o fato de que nós, teoricamente, estamos inseridos nela, tal como ela se apresenta. Ou seja, não somos um observador externo e nunca o seremos, pois todos os artifícios e subterfúgios criados, ou que ainda o serão, vão estar fundamentados sobre a égide da “realidade” que nos foi apresentada quando ainda éramos apenas carne, e só. É como se houvesse grandes braços anuviando nossa visão, impossibilitando-nos de ver além.
Ficcionalmente, no filme Matrix alguns personagens conseguiram libertar-se dos “grandes braços” e chegaram a um estado de consciência mais avançado do que o dos demais. Entretanto, o processo de libertação não conseguiu responder satisfatoriamente a dúvida: estavam, finalmente, de fato, na realidade? Para uma análise menos redundante, cíclica e infinita, vou admitir que só haja a possibilidade de duas realidades: a idílica e a, teoricamente, real.
Ao se libertar do mundo Matrix, os personagens chegaram a uma segunda forma de realidade, com características sensoriais e perceptíveis diferentes; mas, ainda sim, que respeitavam as mesmas leis físicas de tempo, de espaço e das dimensões. Mas que garantias eles tinham de que sua nova condição existencial era a real? Nenhuma, porque, grosso modo, tanto o mundo Matrix como a “realidade” eram pautadas pelas mesmas diretrizes, pelas mesmas leis; não existia entre elas binariedade, polaridade ou assimetria.Não que as leis que validam um código, necessariamente, tenham que se aplicar à realidade absoluta. Mas, como mostrado no filme, tanto a primeira como a segunda realidade não têm atributos que podem defini-las como verdadeiras ou falsas. A linha cinematográfica adotou que, por eles no mundo Matrix estarem sonhando, e por o sonho ser definido em nossa realidade como um estado não real, eles não estariam na realidade quando no mundo Matrix. Contudo a realidade está além do conhecimento humano, ou pelo menos o conhecimento absoluto da realidade.
A principal contribuição do filme à sociedade é o fato de chocar as ideias estáveis e conservadoras dos que acreditam poder ter algum ponto de referência estável, fixo ou absoluto. Tudo são visões particulares de um todo maior e muito mais complexo, em que as leis que regem o tempo e o espaço não necessariamente são leis, tampouco o pouco que acreditamos conhecer, de fato, é conhecível. Todavia, para fins de manter a sanidade, foram adotados padrões de entendimento para que se possa haver comunicação. Para entender a realidade, abafamos as verdades e contentamo-nos com a mentira estável e imutável, movidos pelo eterno pavor da sombra da loucura que paira sobre aqueles que não se adaptam à cartilha da existência.
Há muito as opiniões das massas vêm sendo fustigadas por ideologias arraigadas: direitismos e esquerdismos afins. O espaço Psicodelia Sarcástica surge com a intenção nobre e explosiva de detonar os princípios basilares que sustentam encéfalos calejados de moralismos e opiniões pré-concebidas; revitalizar o inconsciente coletivo que insiste em vomitar virtudes arcaicas, obsoletas e deturpadas as quais obstruem o fluxo das ideias necessárias à reestruturação da sociedade caótica do século XXI. Não queremos vender ideologias, tampouco críticas infundadas. Pelo contrário, somos a antítese da esquerda e repudiamos a direita. Temos um caminho à parte, entretanto jamais indiferente. Através da música, literatura e opiniões corrisivas, pretendemos cultuar um jornalismo informal, despojado e, acima de tudo, sarcástico. Não conhecemos a censura ou o pedantismo. Somos cruéis e piedosos. Não somos os donos da verdade e não somos escravos da mentira. Vivemos com a mente aberta, sem receios ou obsessões. Vivemos para viver e para informar, vivemos uma psicodelia sarcástica. Seja bem-vindo ao fantástico mundo das ideias, onde a sua opinião sempre faz sentido! (Guerra)
"Crianças lunáticas,civilizações tão trágicas"*¹ A poesia ,música,cinema e outras artes nunca estiveram tão juntas quanto hoje. -Mas o que é arte? Pergunta o ávido estudante. A resposta não estará aqui;sinceramente não estará em lugar nenhum. Ela está em você! Se você adora as novelas que lhe mostra um “mundo de Alice”,azar o seu. Aqui como diz Tom Zé: -Viemos para complicar não para explicar! Se gosta de pensar: Seja bem vindo. Se és um retrógado direitista: Ninguém lhe chamou aqui! (KBÇAPOETA)
CESURA PARA CENSURA
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Pode ser meu eu,
Na luz do que sou,
desvelando ser,
revelando ter
Imaginação?
Posso ter meu eu,
Na sombra que fui,
Confessado ser,
Privado de ter
Imagi...
CESURA PARA CENSURA
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Pode ser meu eu,
Na luz do que sou,
desvelando ser,
revelando ter
Imaginação?
Posso ter meu eu,
Na sombra que fui,
Confessado ser,
Privado de ter
Imagi...
CESURA PARA CENSURA - por - KBÇAPOETA
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Pode ser meu eu,
Na luz do que sou,
desvelando ser,
revelando ter
Imaginação?
Posso ter meu eu,
Na sombra que fui,
Confessado ser,
Privado de ter
Imagi...
O Poder Televisivo
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É de costume as pessoas mais intelectualizadas terem o hábito clichê de
repudiar a televisão. Entretanto, essa recusa baseia-se em um medo difuso,
não m...