sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quanto desencontro, desencanto

desconforto em todo canto

Onde está o canto do mundo, o meu canto?

O canto dos sem-canto

Dos errados, dos inconformados,

dos não-engajados

Dos que querem ser apedrejados?

Já aparei as arestas mas sempre sinto

que resta

uma flecha

Só quero uma brecha

Um brejo que seja

Me basta que eu veja

que para além dos muros da tirania

exista uma pradaria

liberdade

realidade,

não essa verdade de mentira

esse fruto da restrição

Liberdade

Uma paz sem artilharia

Uma vida sem conceitos, sem defeitos

Entre o obsoleto e o correto

Só o que eu quero

É alforria!

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