quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ICANN ESPIONA VOCÊ


Tenho certeza que todo e qualquer SMS, e-mail ou comentário na internet ou outra forma de comunicação eletrônica está armazenado em algum servidor da ICANN .
    Tirando os 98% dos adormecidos que nada lhes causa interesse se não tiver o aval da rede globo,ninguém saberá o que estamos falando,quiçá irá querer saber disso.
    Nosso meio não consome arte, tão pouco conceito ou ideologia. No máximo alguma consciência capitalista para uma  ascensão econômica.
    Nesse momento vejo um caminhão carregando umas oito pessoas com uniformes feitos de restos de outros uniformes. Universo das submassas, subgentes e subculturas que é o nosso mundo.
    Confesso que estava observando a vida que passa pelas subestradas da vida,talvez diria a dupla “Milionário e José Rico” se estivessem experimentando a erva do meu chimarrão com a delícia do vento gélido que percorre os horizontes do Canhadão.

    Dizem que o vento pode espalhar ou ajudar a criar raízes.Será?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

FRAGMENTOS DE VIAGEM À CIDADE DE "Z"







Ao transitar pelas ruas de Barra do Garças, deparo-me com indígenas conversando em guarâni. Aquela língua tão antiga, distante,  ali na minha frente. Não podia compartilhar daquela língua tão bela e tão antiga. Uma pena!
    Enquanto refletia sobre o muro semântico-linguístico que nos separava, desconfiava dos índios, eram dois. Poderiam e aparentavam serem malandros e poliglotas, mais malandros que políglotas.



(continua)

domingo, 17 de março de 2013

Só Para Loucos


Escrever é transpor para realidade o irreal. Mais do que isso, escrever é concretizar a irrealidade de descrever o real. Aquele que escreve busca o impossível. Não sem razão. Ele quer concretizar, reduzir, simplificar aquilo que lhe afronta por ser abstrato, infinito, complexo e, mesmo assim, localizado; localizado em algum lugar no seu interior.
Na verdade, escrever é um ato escatológico de ESPREMER um parasita purulento que pernicioso espraia-se contaminando a alma e a mente. Escrever com alma é escrever para salvá-la. Não por acaso, a fala gagueja ao distinguir gênios e loucos. A genialidade é o desespero da alma em curar-se da loucura. A loucura é um verme. No entremeio disso tudo, está cada um de nós. Mais ou menos sãos, mais ou menos idiotas. Enquanto incubados em uma realidade plana e unidimensional, podemos atestar a nós mesmos nossa sanidade. Entretanto, ao sermos expostos à menor brisa que seja, corremos o risco de vermos a claridade das infinitas perspectivas ofuscarem nossa visão, desmaterializarem nossa realidade, dissolverem nossa razão. Em uma realidade em que o real não existe, o que resta sempre é uma representação do que nunca foi apresentado.
... e dizia o letreiro luminoso da entrada: só para loucos...